"Devido à crescente tensão em várias partes do mundo, alertamos os cidadãos dos Estados Unidos que devem exercitar cautela", diz um alerta do Departamento do Estado publicado às 18h45 minutos desta quinta-feira.
O alerta, publicado nas redes sociais, cita especificamente pontos turísticos.
Ele é feito num momento em que milhares de pessoas saem às ruas de várias cidades do mundo para protestar contra o bombardeio de Israel à faixa de Gaza, em resposta aos ataques do Hamas no dia 7 de outubro.
Mais de 1400 israelenses, a maioria civis, foram mortos. De acordo com o governo de Israel, 203 se tornaram reféns em Gaza.
Um balanço divulgado hoje pelo Ministério da Saúde de Gaza fala em 3.785 mortos, sendo 1.524 crianças. Há 12.493 feridos, sendo 3.983 crianças.
Os Estados Unidos deram apoio unilateral a Israel e vetaram uma resolução do Brasil que condenava os ataques terroristas do Hamas mas pedia pausas humanitárias no bombardeio.
A China, que votou a favor da resolução, se disse profundamente decepcionada com o veto. Diplomatas chineses na ONU dizem que foram pegos de surpresa pela decisão de Washington. Rússia e Reino Unido, que também tem poder de veto, se abstiveram.
O Brasil obteve doze votos favoráveis à resolução.
Israel já disparou mais de 6 mil mísseis contra o território palestino, que continua cercado. Não há para onde fugir.
Uma criança foi morta hoje quando um míssil disparado por Israel contra uma área residencial atingiu parcialmente a Igreja Ortodoxa de São Porfírio, uma jóia da arquitetura de Gaza que passou a abrigar refugiados.
Emissoras árabes transmitem as imagens da carnificina em Gaza ao vivo, um desfile macabro de bebês e crianças mortas.
Nas redes sociais, imagens emocionantes de crianças feridas e resgatadas causam indignação na rua árabe (ver imagem abaixo, disseminada pelo perfil Palestina Hoy).
Em Beirute e Amã houve tentativas de ataque a representações diplomáticas dos Estados Unidos e Israel.
Durante manifestação em Istambul, houve depredação de uma mega loja do McDonald's, visto como um símbolo estadunidense no mundo.
Depois de alertar seus cidadãos para que se retirem da Turquia, Israel orientou seus diplomatas a voltarem para casa temporariamente.
No mar Vermelho, o navio USS Carney, da Marinha norte-americana, diz que interceptou três mísseis e vários drones que teriam sido lançados do território do Iêmen.
A agência iemenita de notícias Saba informou que a Resistência Islâmica no Iraque atacou com drones bases aéreas utilizadas pelos Estados Unidos no país e na Síria.
O Pentágono confirmou os ataques. Houve feridos leves e um civil contratado morreu por conta de um infarto.