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Israel chama a Anistia Internacional de "organização antissemita"

Entidade pediu por cessar-fogo e denunciou crimes de guerra; segundo Israel, isso é "trabalhar para o Hamas"

Lior Haiat, porta-voz das relações exteriores de IsraelCréditos: Reprodução/Youtube
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O porta-voz do ministério de Relações Exteriores de Israel, Lior Haiat, qualificou a Anistia Internacional como "parcial" e definiu a organização como "antissemita".

O motivo? O grupo internacional de direitos humanos publicou um comunicado afirmando que "graves violações do direito humanitário internacional, incluindo crimes de guerra, por todas as partes no conflito, continuam sem cessar". No comunicado, a entidade pediu por "um cessar-fogo imediato por todas as partes".

Segundo a secretária-geral da organização, Agnès Callamard, uma "ação urgente é necessária para proteger civis e evitar níveis adicionais chocantes de sofrimento humano". 

O comunicador de Israel afirmou ao site estadunidense POLITICO que "a Anistia Internacional é uma organização antissemita e tendenciosa contra Israel" e que "não possui autoridade moral para se retratar como uma organização de direitos humanos".

A Anistia Internacional é conhecida por posições em favor dos direitos humanos e é criticada por ser muito mais enfática contra países de terceiro mundo e não alinhados aos EUA.

Porém, aparentemente, afirmar que Israel comete crimes de guerra se tornou antissemitismo. Segundo Haiat, "o silêncio da organização após as atrocidades cometidas pelos terroristas do Hamas em 7 de outubro, quando mais de 1.400 israelenses, incluindo bebês, crianças, mulheres e idosos, foram assassinados, e mais de 220 pessoas foram sequestradas para a Faixa de Gaza, serve apenas para demonstrar que a Anistia Internacional é uma organização de propaganda a serviço dos terroristas do Hamas".

Mais de 7 mil palestinos, incluindo 3 mil crianças, já foram assassinados pelos bombardeios israelenses em Gaza. Além do disputado ataque ao hospital de al Ahli, outros onze hospitais já foram alvos de ataques israelenses. Escolas das Nações Unidas na região também foram atingidas. Mais de 20 funcionários da ONU já foram mortos em ataques aéreos.