Abaixo-assinado pede cancelamento de evento com Bolsonaro em Nova Iorque por ‘comportamento ultrajante’

“Não acreditamos que a Marriott e a Host Hotels possam afirmar serem “cidadãos corporativos responsáveis” ao obrigarem seus funcionários da Marriott Marquis a trabalhar em um evento que homenageie um fanático bem documentado”, diz o documento

O senador Brad Hoylman, seu marido David Sigal e sua filha Silvia. Foto: Pew Charitable Trusts /TNS)
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Um abaixo-assinado criado, nesta quarta-feira (1º), pelo senador democrata americano, Brad Hoylman (foto), pede à rede Marriott e Host Hotels and Resorts o cancelamento do Jantar de Gala “Personalidade do Ano”, promovido pela Câmara de Comércio, em homenagem ao “notório e homofóbico presidente brasileiro Jair Bolsonaro”, programado no local para o dia 14 de maio de 2019. Em pouco mais de doze horas de criação, o abaixo-assinado já conta com quase mil assinaturas. O assunto entrou para os TT’s do Twitter na manhã desta quinta-feira. Hoylman ainda tuitou lembrando a frase de Bolsonaro de que preferia ter um filho morto do que um filho gay. Leia abaixo o texto do documento em português e assine aqui: Escrevemos como cidadãos preocupados e aliados LGBTQ para pedir à Marriott e Host Hotels and Resorts, proprietária do New York Marriott Marquis, que cancelem o Jantar de Gala “Personalidade do Ano” da Câmara de Comércio de 2019 em homenagem ao notório e homofóbico presidente brasileiro Jair Bolsonaro, programado para 14 de maio de 2019. O presidente Bolsonaro tem um histórico extremamente perturbador de intolerância, misoginia, racismo e xenofobia. Entre outras coisas, ele disse uma vez que “seria incapaz de amar um filho homossexual” e que preferiria que seu filho morresse a ser gay. Além disso, o presidente Bolsonaro disse uma vez que uma deputada brasileira "não vale a pena ser estuprada" porque "ela é muito feia". Dado o sórdido histórico de comentários públicos do presidente Bolsonaro, é chocante que um negócio na cidade de Nova York abrigue um evento em apoio a ele. Estamos profundamente preocupados com a mensagem que tal evento enviaria aos nova-iorquinos, especialmente aos jovens LGBT, muitos dos quais estão lutando com sua identidade e estão observando suas declarações contra eles serem celebradas. Ao sediar este evento, a Marriott está dando ao presidente Bolsonaro uma plataforma que recompensa seu comportamento ultrajante. Não acreditamos que a Marriott e a Host Hotels possam afirmar serem “cidadãos corporativos responsáveis” ao obrigarem seus funcionários da Marriott Marquis a trabalhar em um evento que homenageie um fanático bem documentado. Essas corporações ainda têm tempo para provar à comunidade LGBTQ e aos aliados nova-iorquinos que o ódio não tem lugar nesta cidade e estado. Solicitamos à Marriott e à Host Hotels que cancelem imediatamente a Gala de Personalidade do Ano de 2019 da Câmara de Comércio Brasileiro-Americana no Marriott Marquis.