Bolsonaro expulsa diplomatas de Maduro e fecha representações brasileiras na Venezuela

A ordem ocorreu após Donald Trump desferir novos ataques ao governo de Nicolás Maduro, dizendo que a Venezuela tornou-se uma ameaça aos Estados Unidos

Ernesto Araújo e Bolsonaro com Olavo de Carvalho (Reprodução)
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Em portarias publicadas no "Diário Oficial da União" (DOU) nesta quinta-feira (5), o governo Jair Bolsonaro determinou a expulsão de todos os diplomatas que representam o governo Nicolás Maduro, da Venezuela, no Brasil e anunciou a retirada de diplomatas e funcionários de representações diplomáticas brasileiras na Venezuela.

O aviso dado pela chancelaria brasileira a Caracas é que os diplomatas chavistas serão expulsos caso não saiam do país dentro de um prazo, que não foi divulgado. Pelo menos 17 funcionários do governo de Maduro estão no Brasil.

A ordem ocorreu após Donald Trump desferir novos ataques ao governo de Nicolás Maduro, dizendo que a Venezuela tornou-se uma ameaça aos Estados Unidos.

Além da embaixada em Brasília, a Venezuela mantém consulados em Manaus, Boa Vista, Belém, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

A portaria ainda determina que devem voltar ao Brasil quatro diplomatas: Rodolfo Braga, que atualmente chefia a embaixada em Caracas, Elza Marcelino de Castro, atual cônsul-geral, Francisco do Nascimento Filho, que está no consulado em Ciudad Guayana, e Carlos Leopoldo de Oliveira, também da embaixada.

Além deles, outros 11 funcionários brasileiros receberam as ordens de remoção. Eles serviam na embaixada e no consulado-geral em Caracas, além do consulado em Ciudad Guayana e dos vice-consulados em Puerto Ayacucho e Santa Elena do Uairén, cidade que faz fronteira com Pacaraima, em Roraima.

Nenhum funcionário do serviço exterior brasileiro permanecerá no país vizinho.