Chefe do Pentágono pede desculpas por caminhar ao lado de Trump contra atos antirracistas

General Mark Milley, chefe do Estados Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, admitiu que sua presença no ato com o presidente “deram a impressão de que os militares estão envolvidos na política”

Mark Milley, com uniforme militar, caminhado ao lado de Donald Trump (foto: KTVN)
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Em um vídeo difundido nesta quinta-feira (11), o general Mark Milley, chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, Mark Milley, pediu desculpas públicas por ter participado do ato do dia 1º de junho, junto com o presidente Donald Trump, no qual uma comitiva presidencial caminhou da Casa Branca até a Igreja St. John´s, em Washington, após um forte operativo de repressão policial que expulsou os manifestantes que estavam em frente à sede governamental estadunidense.

“Eu não devia estar lá. Minha presença naquele momento e por todo o ambiente criado deram uma percepção de que os militares estavam envolvidos em política doméstica. Como um oficial comissionado em um uniforme, foi um erro com o qual aprendi, e espero que sinceramente todos possamos aprender com isso”, reconheceu Milley.

As desculpas do general formam parte de um vídeo que foi enviado aos estudantes da Universidade Nacional de Defesa dos Estados Unidos. As fotos de Milley ao lado de Trump naquela ocasião foram criticadas por líderes políticos e religiosos do país, incluindo figuras ligadas ao Partido Republicano.

No seu vídeo de desculpas, Milley também se refere à morte de George Floyd, fato que tem desencadeado os protestos diários no país. Segundo o general, “os protestos não fazem bem aos Estados Unidos”, porém, também disse entender que eles são fruto da “raiva causada por uma morte brutal e sem sentido”.

Milley também assegurou ele se posicionou contra a ideia do presidente Trump de usar o Exército para reprimir os protestos nas ruas dos Estados Unidos, mas acatou a ordem.