Ganharam repercussão nas redes sociais no sábado (5) diversos vídeos e fotos que mostram a atuação dos Carabineros, a polícia do Chile, reprimindo uma marcha promovida por profissionais de Saúde. No mesmo dia, um protesto de apoiadores do presidente Sebatián Piñera contra o plebiscito sobre a nova Constituição aconteceu sem interrupções.
Com o lema “não queremos mais aplausos, queremos reconhecimento”, profissionais de Saúde ligados à Confederação Nacional de Trabalhadores de Saúde (Fenats) exigem melhores salários, reconhecimento de títulos no Código Sanitário e cancelamento das demissões que ocorreram durante a pandemia.
Imagens divulgadas nas redes mostram policiais reprimindo o ato com lançamento de água e com detenções forçadas contra trabalhadores e estudantes.
O deputado Pablo Vidal, do partido Revolução Democrática (RD) - da Frente Ampla (FA) -, denunciou a atuação dos Carabineros como "polícia política”, tendo em vista que a ação repressiva que atingiu os profissionais de Saúde não foi vista em protesto realizado no mesmo dia pela direita contra a nova Constituição - reivindicada pelos massivos atos que tem sacudido o país desde novembro.
“O governo está sendo cúmplice no uso da polícia, neste caso Carabineros de Chile, como polícia política e isso é absolutamente inaceitável”, disse ao El Desconcierto.
"É evidente o escandaloso tratamento assimétrico que a polícia tem com as manifestações sociais e contra a greve dos caminhoneiros", completou, garantindo que o RD e a FA estão estudando quais instrumentos usar contra esse uso político da polícia.
Com informações do El Desconcierto e da TeleSur