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A CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) anunciou em um comunicado, nesta quarta-feira (20), que realizará uma visita urgente à Bolívia, entre os dias 22 e 25 de novembro, devido ao que considera como “um risco de impunidade para violações de Direitos Humanos”.
O organismo vinculado à OEA (Organização dos Estados Americanos) condenou a ação das Forças Armadas e policiais na repressão aos protestos realizados no país, e classificou como “inadmissível” o decreto da autoproclamada presidenta Jeanine Áñez que visa eximir de responsabilidade penal os militares que participem das matanças.
Além disso, o comunicado também adverte sobre “as ameaças dirigidas a líderes do governo anterior, parlamentares e dirigentes sociais” ligados ao partido MAS (Movimento ao Socialismo), assim como “a funcionários e dirigentes de instituições independentes do Estado, como os organismos nacionais de promoção e proteção aos direitos humanos”.
O comunicado também se refere a ataques à imprensa: “entre os fatos registrados, se observam ameaças de fechamentos de canais de televisão, detenção de funcionários, queima de instalações de rádios e pressões contra trabalhadores da imprensa”, relata o documento.
O organismo também exigiu que se realize de forma urgente a convocação para novas eleições, e que estas aconteçam em um prazo de até 90 dias.