Em mensagem a neto, Bolsonaro trata Pinochet como "saudoso general"

Na mensagem,Bolsonaro pede que seja transmitida "solidariedade e admiração por sua dignidade ao não se curvar às mentiras da esquerda e honrar o nome do avô"

Foto: Wilson Dias/ABr
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Conhecido por elogiar torturadores que atuaram na Ditadura Militar no Brasil - como o coronel Carlos Brilhante Ustra -, Bolsonaro também rasgou elogios em carta telegrama a ser entre ao neto do ditador chileno, Augusto Pinochet, a quem chama de "saudoso general". Segundo reportagem de Lorenna Rodrigues, no jornal O Estado de São Paulo desta quarta-feira (26), em 2006, Bolsonaro pediu à Embaixada do Brasil no Chile que enviasse mensagem de solidariedade a Augusto Pinochet Molina, que havia sido afastado do Exército chileno por ter feito um pronunciamento no velório do avô. Na mensagem, segundo a repórter, Bolsonaro pede que seja transmitida "minha solidariedade e admiração por sua dignidade ao não se curvar às mentiras da esquerda e honrar o nome do avô". Segundo o militar da reserva, em sua carta, "o elevado índice de desenvolvimento humano ora desfrutado pelos irmãos chilenos em muito se deve às ações desenvolvidas no governo do saudoso General Pinochet". O envio da mensagem foi recusado pelo Ministério das Relações Exteriores, que respondeu afirmando que não transmite mensagens pessoais. Pinochet foi o primeiro militar a aderir às políticas liberais de Washington, assumindo o poder em um golpe de Estado em 1973 e implantando uma das ditaduras mais violentas na América do Sul. Pinochet ficou no comando do Chile até 1990 e morreu em 2006.