EUA confirmam retirada do Conselho de Direitos Humanos da ONU

“Nenhum outro país teve coragem de se juntar à nossa luta para reformar o órgão hipócrita”, afirmou a embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas, Nikki Haley

South Carolina Gov. Nikki Haley joins U.S. military service members and community business partners for the launch of Operation Palmetto Employment, a statewide military employment initiative aimed at making South Carolina the most military-friendly state in the nation, Feb. 26, 2014, at Sysco in Columbia, S.C. (U.S. Air National Guard photo by Tech. Sgt. Jorge Intriago/Released)
Escrito en GLOBAL el
[caption id="attachment_135221" align="alignnone" width="1024"] A embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas, Nikki Haley, comandou a saída dos EUA do conselho - Foto: Wikimedia Commons[/caption] A política externa norte-americana, comandada por Donald Trump, concretizou mais uma promessa: após se retirar acordo climático de Paris, em 2017, e do acordo nuclear com o Irã, em maio deste ano, agora Trump ratificou a saída dos Estados Unidos do Conselho de Direitos Humanos da ONU, segundo informações da Reuters. “Nenhum outro país teve coragem de se juntar à nossa luta para reformar o órgão hipócrita”, afirmou a embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas, Nikki Haley. Os EUA estavam na metade de um mandato de três anos no principal organismo de direitos humanos da entidade e já vinham ameaçando se desligar, caso não houvesse mudanças, acusando o conselho de 47 membros, com sede em Genebra, de ser anti-Israel. Na semana passada a Reuters noticiou que ativistas e diplomatas afirmaram que as conversas com os norte-americanos sobre uma reforma do órgão não atenderam às exigências de Washington, dando a entender que o governo Trump abandonaria o fórum. Os EUA estão enfrentando fortes críticas por deterem crianças separadas de seus pais imigrantes na fronteira EUA-México. Na segunda-feira Zeid Ra'ad al-Hussein, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, solicitou que Washington suspendesse sua política “impiedosa”.