Fórmula Alberto Fernández e Cristina supera Macri em todas as pesquisas na Argentina

Quando são analisados apenas os número de pesquisas presenciais a chapa kirchnerista vence no primeiro turno

Alberto Fernández e Cristina Kirchner - Foto: Reprodução/ Instagram
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A pouco mais de uma semana das eleições prévias (PASO) de 11 de agosto, a chapa Frente de Todos, conformada por Alberto Fernández e Cristina Fernández de Kirchner, se apresenta na dianteira em todas as pesquisas eleitorais com a maioria apresentando uma diferença de 4 e 5 pontos percentuais para o atual presidente Maurício Macri. Com as PASO se espera uma projeção mais certeira do cenário eleitoral de Outubro. Segundo Raúl Kollmann, do jornal argentino Página 12, a eleição de 2019 apresenta uma característica peculiar que se deve ao fato dos principais institutos de pesquisa não estarem divulgando seus dados por terem sido contratados por alguma candidatura, seja nacional ou regional. Dessa maneira, as variadas projeções tem sido analisadas de forma ampla. Quase todas colocam Alberto na dianteira, e a maioria expõe uma diferença de 4 a 5 pontos percentuais. O periódico ainda destaca que a maioria das pesquisas foram realizadas por telefone e, quando se analisam apenas os número de pesquisas presenciais (como fazem o Ibope e o Datafolha no Brasil), Alberto venceria no primeiro turno. A dupla kirchnerista chega a 42,5%, enquanto Maci e Miguel Angel Pichetto se apresentam com 33,5%. Contando apenas os votos válidos, a Frente de Todos chega a 45%, com mais de 10 pontos percentuais de diferença para o oficialismo. A chapa da ex-presidente venceria porque a lei eleitoral argentina garante duas possibilidades de vitória sem segundo tuno, o chamado "ballotage": o primeiro colocado vence se tiver 10 pontos de diferença em relação ao segundo, ou se já apresentar mais de 50% dos votos. As eleições acontecem em 27 de outubro em meio a uma grave crise social no governo Macri, com uma disparada do desemprego, e uma forte campanha do Fundo Monetário Internacional (FMI) a favor do atual mandatário. O FMI chegou a reduzir a projeção de crescimento do país com a justificativa de que há uma "ameaça" do kirchnerismo vencer.

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