Igreja Anglicana dos EUA diz que meninos e meninas podem ser livres para se vestir como quiserem

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Enquanto no Brasil a direita inventa pautas como "ideologia de gênero" e "escola sem partido", nos Estados Unidos a Igreja Anglicana orientou em um guia as suas mais de 4 mil escolas a não rotularem alunos por questões de gênero e permitir, por exemplo, que um menino use saias ou uma menina use capas de super-heróis Por Redação Se parte da direita brasileira tinha os Estados Unidos como referência, é provável que tenha que mudar o país para espelhar. A Igreja Anglicana norte-americana divulgou, esta semana, um guia anti-bullying em que orienta as suas mais de 4 mil escolas no país a não rotular seus alunos por questões de gênero - enquanto isso, no Brasil, a direita inventa pautas como a "ideologia de gênero" ou o "escola sem partido". No guia, intitulado "Valuing All God’s Children" (Valorizando Todos os Filhos de Deus), há recomendações como a que diz que as crianças não devem ser restringidas na hora de se vestir: meninos devem se sentir livres para usar roupas associadas ao sexo feminino, como saias, e meninas também não devem ser repreendidas por usarem roupas associadas ao sexo masculino, como as capas de super-heróis. “Por exemplo, um menino ou uma menina podem escolher uma saia de balé, uma tiara e saltos de princesa e/ou um capacete de bombeiro, um cinto de ferramentas e uma capa de super-herói sem expectativas ou comentários”, diz o guia. O texto de recomendações da igreja ainda vai além: sugere que as crianças possam experimentar diferentes experiências de identidade de gênero. “A infância é um espaço sagrado para que cada um imagine a si mesmo criativamente”, dizem os religiosos. Ao contrário da igreja católica, a igreja anglicana admite o casamento homossexual e a ordenação de mulheres. Foto: NaEscola