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Os dados são do relatório "Um Rosto Familiar: A violência nas vidas de crianças e adolescentes". O levantamento diz ainda que uma criança ou adolescente de 10 a 19 anos é morto no mundo a cada 7 minutos
Da Redação*
Um relatório estarrecedor lançado pela Unicef e republicado pelo UOL revela que o número de homicídios de crianças e adolescentes de 10 a 19 anos na América Latina e no Caribe é maior que o número de mortes do mesmo grupo de jovens resultantes de conflitos armados no Oriente Médio e no Norte da África. No mundo, uma criança ou adolescente de 10 a 19 anos é morto a cada 7 minutos.
O relatório tem o nome de "Um Rosto Familiar: A violência nas vidas de crianças e adolescentes" e foi lançado internacionalmente pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) nesta terça-feira (31).
O Unicef contabilizou os dados de mortalidade fornecidos por 183 países filiados à OMS (Organização Mundial da Saúde) com populações acima de 90 mil pessoas em 2015. Depois, sobre essa base, acrescentou novos dados e estabeleceu certos critérios. O estudo exclui casos de suicídio.
Na América Latina e Caribe, grupo com mais de 40 países ou territórios analisados conjuntamente, ao qual pertence o Brasil, foram registrados 24,5 mil homicídios de crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos em 2015.
No mesmo período, no Oriente Médio e no Norte da África, regiões com mais de 20 países estudadas em conjunto, foram mortos 22 mil jovens da mesma faixa etária por violência coletiva ou conflitos armados.
Isso significa que a violência indiscriminada na América Latina e Caribe já mata mais que conflitos formalmente deflagrados, como as guerras na Síria, Iraque e Afeganistão juntas, segundo o Unicef.
Na América Latina e Caribe, a taxa de adolescentes mortos por grupo de 100 mil jovens da mesma faixa etária é de 22,1. As vítimas da violência latino-americana e caribenha foram majoritariamente adolescentes homens: taxa de 38,5 desses jovens assassinados por grupo de 100 mil da mesma idade, contra 5,1 das adolescentes mulheres.
Os conflitos no Oriente Médio e no Norte da África alcançaram o índice de 29,9 mortes de jovens por grupo de 100 mil e foram mortais tanto para meninos quanto para meninas: taxas de 35,6 mortes entre eles e de 23,9 entre elas.
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Foto: Pedro Mattey, Agência Venezuelana de Notícias