Mourão resiste à pressão dos Estados Unidos por engajamento militar na Venezuela

Em entrevista à Bloomberg, Mourão lembrou os problemas orçamentários do Brasil e a dependência energética da Venezuela como fatores para o Brasil ter precaução na ação proposta pelos EUA

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O jornalista Nelson de Sá, colunista da Folha de S. Paulo, destacou nesta segunda-feira (18) que o vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), resiste às pressões dos Estados Unidos por engajamento nas missões “humanitárias” na Venezuela. Há resistência, ainda, de organizações assistenciais em colaborar com os EUA, já que a operação militar visa promover a mudança de regime no país sul-americano. Sá destaca entrevista ao New York Times de domingo do almirante Craig Faller, chefe do Comando Sul dos EUA.  Faller disse que “há uma gama de opções sobre a mesa” e que “há muitos generais na folha de pagamentos ilícitos de Maduro através de narcotráfico e lavagem de dinheiro”. O almirante visitou o Brasil na última semana e, na sequência, foi para a ilha holandesa de Curaçao, próxima da capital venezuelana e outra base para a operação militar de “ajuda humanitária”. Depois que Faller deixou o país, o vice-presidente Hamilton Mourão deu entrevista à Bloomberg lembrando os problemas orçamentários do Brasil e a dependência energética da Venezuela, em referência ao estado de Roraima, o único do país que não faz parte do Sistema Interligado Nacional (SIN) e se tornou dependente do fornecimento do país vizinho. Além disso, a NPR, rede pública de rádios norte-americanas, informou que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, a Care e outras organizações de ajuda se recusam a colaborar com os EUA na Venezuela. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.