A violência política continua sendo elemento constante na política colombiana, e quem a viveu neste fim de semana foi a mãe do senador opositor Gustavo Petro.
Na manhã deste domingo (16), a senhora Claudia Urrego, mãe do senador progressista, teve sua casa atacada por um grupo anônimo, que, segundo a família, não roubou nenhum pertence, “somente causaram destruição de boa parte da estrutura da residência”, segundo informou-se, através de um comunicado.
A destruição causada, e o fato de não ter havido roubo, fizeram Petro afirmar que considera o crime como um ato de intimidação. “Essas coisas são fruto de um Estado que permite a violência contra quem pensa diferente do governo”, declarou o senador.
Através de sua conta no Twitter, Petro também disse que “vocês escutam todos os dias que a Colômbia é um país democrático, e já me ouviram responder que não é verdade, pois bem, isso acontece repetidas vezes na casa da minha mãe, sendo eu o principal dirigente da oposição: entraram, quebraram tudo, e não levaram nada”.
A ustedes todos los días le dicen que Colombia es democratica y nos habrán escuchado decir que no es cierto.
— Gustavo Petro (@petrogustavo) February 16, 2020
Bueno esto pasa de manera repetitiva en la casa de mi mamá, en Cajicá, siendo yo el principal dirigente de oposición, entraron, quebraron todo y no se llevaron nada. pic.twitter.com/1g6lD8w7od
O senador progressista também lembrou, em outra declaração, que a perseguição contra líderes políticos na Colômbia se dá em diferentes níveis, e é muito pior contra líderes regionais, que não sofrem só com ameaças, mas sim com assassinatos sumários: desde 2018, já são mais de 300 líderes de movimentos sociais mortos em atentados, segundo a organização CCPP (Colombianas e Colombianos Pela Paz).
Gustavo Petro foi o principal adversário do atual presidente, Iván Duque, nas eleições de 2018. No segundo turno, ele teve 42,1%, maior percentual alcançado pela esquerda colombiana em sua história. Desde o segundo turno de 2018, Petro denuncia que sua mãe e outros membros da sua família sofrem constantes ameaças de morte, por telefone ou email.