Mesmo com a Europa em alerta para evitar uma segunda onda da pandemia do coronavírus, que segue fazendo vítimas no continente, milhares de pessoas tomaram as ruas de Londres, no Reino Unido, na tarde deste sábado (26), em uma manifestação contra o confinamento e as medidas de restrição impostas pelo governo para evitar o contágio da Covid-19.
Segundo a polícia londrina, cerca de 10 mil pessoas se reuniram na Trafalgar Square. A maioria não usava máscara de proteção e os manifestantes erguiam cartazes com frases como "liberdade ao invés do medo" e "onde está a pandemia".
Apesar das restrições, as manifestações públicas estão autorizadas no Reino Unido, desde que cumpram protocolos de segurança que envolvem, entre outras coisas, o distanciamento social. Como os manifestantes não respeitaram as regras, a polícia informou que se o ato não fosse finalizado, iria intervir.
E assim o fez. Os manifestantes decidiram permanecer na rua aglomerados e a polícia entrou em ação com bombas de efeito moral, dispersando os presentes. Há relatos de confrontos e ao menos três manifestantes e um policial tiveram que ser socorridos por equipes médicas.
O ato foi motivado, principalmente, pela retomada de medidas restritivas impostas pelo governo de Boris Johnson na última semana. Devido ao aumento dos casos de coronavírus no país, foi determinado que os bares e pubs passassem a fechar às 22h, uma hora antes do horário padrão, e foram proibidas as reuniões públicas e privadas com mais de 6 pessoas.
Nas últimas 24 horas, foram registrados 6.042 novos casos de Covid-19 e 34 mortes em decorrência da doença no país.