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O ex-presidente do Equador, Rafael Correa, publicou nas redes sociais nesta terça-feira (3), um vídeo em que afirma ser vítima de um complô contra ele e as forças progressistas do país. Horas antes, a Justiça do país decretou a prisão do ex-presidente com a acusação de envolvimento no sequestro de um parlamentar. Ele também usou o Twitter para rebater o Judiciário equatoriano e definiu como "farsa" o processo que o condenou à prisão.
"Sabem quanto tempo essa farsa vai ter êxito em nível internacional? Não se preocupem. Tudo é questão de tempo. Venceremos!", escreveu o presidente na rede social
"Não se preocupem comigo, se preocupem com o país, como estão a destruí-lo! Isso vai se resolver politicamente, quando o poder voltar para as grandes maiorias. Organizem-se, mobilizem-se, não percam a fé. Como dizia o velho lutador: "quanto mais escura é a noite, mais perto está a aurora". venceremos!", postou o ex-presidente no Facebook.
Correa se apresentou na Embaixada do Equador em Bruxelas, mas a Justiça equatoriana exige a volta do ex-presidente ao país e emitiu um alerta vermelho para a Interpol. O advogado de Correa, Caupolicán Ochoa, criticou a decisão judicial e garantiu que não existia uma “petição estrita do promotor” do Estado com respeito à prisão preventiva, porque o promotor Pérez ainda não assumiu suas funções oficialmente.
“Temos visto um cenário em que se violaram todas as garantias de caráter institucional”, disse Ochhoa. O advogado informou que a defesa entrará com recurso contra a sentença.
A partir de um pedido da Procuradoria Geral do país, a Corte Nacional de Justiça solicitou que a Interpol prenda e extradite Correa, que vive na Bélgica, por não ter cumprido uma medida cautelar de se apresentar a cada 15 dias em Quito para prestar esclarecimentos sobre uma investigação da qual é alvo. O ex-presidente, no entanto, não está foragido. Ele se apresentou à embaixada equatoriana em Bruxelas, mas mesmo assim a Justiça entendeu que ele descumpriu a medida cautelar.
Correa é investigado por, supostamente, ter participado da tentativa de sequestro do deputado Fernando Balda na Colômbia em 2010.
O ex-presidente nega as acusações a afirma que não há nenhuma prova de seu envolvimento com o crime.