Em uma nota oficial publicada em diversos diários ingleses nesta terça-feira (8), o diplomata suíço Nils Melzer, relator do Comitê Contra a Tortura da ONU (Organização das Nações Unidas), solicitou a libertação imediata do ativista australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks.
No texto da nota, direcionada especialmente às autoridades do Reino Unido, Melzer manifesta que “Assange não é condenado nem representa uma ameaça a ninguém. Por isso, seu confinamento prolongado e solitário, numa prisão de segurança máxima, não é necessário nem proporcionado, carecendo claramente de qualquer base legal”.
O pedido de Melzer também inclui dados a respeito da segurança sanitária da Penitenciária de Belmarsh, onde o ativista está preso. Segundo o diplomata, 65 dos 160 internos da prisão londrina tiveram teste positivo para covid-19 recentemente.
O documento também destacou que o governo do Reino Unido ainda não decidiu sobre a extradição de Assange para os Estados Unidos devido às dúvidas que suscita seu possível processo naquele país no campo dos direitos humanos.