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A manobra - considerada um golpe - articulada pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, de fechar o Parlamento britânico para conseguir aprovar uma saída da União Europeia sem acordo fez deputados do Partido Conservador se rebelarem e um deles rachou com Johnson. A reação fez os conservadores perderem a maioria dos assentos e pode derrubar o premiê. Novas eleições podem ser convocadas.
Antes de discurso de Boris Johnson sobre votação de projeto de lei oposicionista que obriga que o Brexit somente aconteça caso haja um acordo, Johnson viu diante de seus olhos o conservador Philip Lee romper com o projeto golpista e se juntar à oposição, formada por trabalhistas, liberais e verdes. Com a decisão do deputado, Johnson não possui mais a maioria do Parlamento e novas eleições podem ser convocadas em 15 de outubro - o Brexit está previsto para 31 do mesmo mês.
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Lee acredita que ele não será o último a deixar as fileiras do Partido Conservador devido ao interesse do primeiro-ministro de bancar um Brexit sem acordo. Além de outros possíveis rachas, há uma grupo de conservadores rebeldes, comandado por Philip Hammond, que pretende se unir com a oposição para frear os planos do premiê. O projeto deve ser votado nesta terça-feira (3), por voltadas 17 horas (de Brasília), 21 horas de Londres. Johnson já ameaçou expulsar do partido quem for favorável à medida, deixando de fora da legenda para as próximas eleições. Hammond minimiza as ameaças: "Há um grupo de conservadores que acreditam com certeza que agora é o momento de colocar o interesse nacional à frente de qualquer ameaça para nós pessoalmente ou para nossas carreiras", disse. Confira vídeo do momento em que Lee deixa a bancada dos conservadores: https://twitter.com/Olhar_Olimpico/status/1168909718938628097?s=19