Os advogados de Donald Trump informaram nesta quinta-feira (4) que o ex-presidente não irá comparecer às sessões do Senado estadunidense na próxima semana, quando estará em discussão a segunda fase do processo de impeachment contra ele por suas possíveis responsabilidades durante a invasão do Capitólio, no dia 6 de janeiro.
Os defensores Bruce Castor e David Schoen, que representam o ex-presidente no processo, vêm insistindo na estratégia de qualificar a ação como um “golpe propagandístico” do Partido Democrata, para impedir que Trump possa concorrer à presidência dos Estados Unidos novamente.
“O presidente não testemunhará neste processo, que considera inconstitucional”, disse Schoen, em entrevista aos meios de comunicação estadunidenses.
Apesar de já ter deixado o cargo, o julgamento é importante para os planos futuros do ex-presidente.
Após deixar a Casa Branca, Trump criou um novo bunker político na Flórida, onde já está trabalhando no projeto pelo qual pretende voltar ao poder em 2025.
Porém, uma condenação no Senado poderia determinar que ele fique proibido de concorrer novamente à presidência dos Estados Unidos.
O julgamento do impeachment de Trump no Senado está programado para começar na próxima segunda-feira (8), e poderia durar toda a semana.
Analistas afirmam que parte da bancada do Partido Republicano estaria disposta a votar contra Trump, especialmente os da ala do partido ligada ao ex-presidente George W. Bush.
No entanto, será preciso um quórum de dois terços para se determinar a condenação do ex-presidente, patamar considerado muito difícil de ser alcançado.