Ucranianos apedrejam comboio com compatriotas retirados da China por coronavírus

Autoridades do país precisaram de reforço policial para possibilitar o avanço do ônibus que levava pouco mais de 70 pessoas ao local onde ficarão em quarentena.

Ônibus ucraniano apedrejado (foto: Twitter)
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Um grupo de pouco mais de 72 pessoas que viviam em Wuhan, a maioria ucranianos, aterrissou nesse país nesta sexta-feira (21), e teve um recebimento nada agradável: ao chegar ao local onde deverão ficar em quarentena, na província de Poltava, a população local os recebeu com fortíssimos protestos.

O comboio, que contava com quatro ônibus comuns do transporte coletivo local, chegou a ser apedrejado por manifestantes, que repudiaram o fato de o governo escolher sua região como local da quarentena.

O grupo é formado por 45 ucranianos (a maioria jovens estudantes) e 27 estrangeiros, incluindo alguns originários de países latino-americanos, que aceitaram se submeter a quarentena em território ucraniano.

O governo ucraniano chegou a pedir reforço policial para a missão de levar o comboio até o local de quarentena, e teve que instalar barricadas para impedir que parte dos manifestantes se aproximasse dos ônibus.

Minutos depois do ocorrido, o Ministério do Interior chegou a falar em “indícios de uma provocação política” para se referir ao incidente. Ademais, informou que 24 pessoas foram presas e 9 policiais tiveram que ser hospitalizados, em decorrência dos ataques dos manifestantes.

“Essa tentativa de bloquear o hospital e não deixar que cidadãos ucranianos transitem pela Ucrânia mostra uma cara que não é a melhor que o nosso povo tem”, comentou o presidente do país, Volodymyr Zelenski.