Jovem relata agressão, homofobia e negligência de seguranças em terminal de ônibus de SP

Guilherme Lima, de 21 anos, fez uma postagem que viralizou em que relata a agressão homofóbica que teria sofrido de três homens dentro do terminal de ônibus São Mateus, em São Paulo, sob os olhares de motoristas e seguranças que, ao invés de ajudá-lo, teriam apenas dado risada

Reprodução/Facebook
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Viralizou nas redes sociais a postagem de um jovem homossexual que relata uma suposta agressão com motivações homofóbicas e negligência de seguranças dentro de um terminal de ônibus de São Paulo. Guilherme Lima, de 21 anos, conta que no último sábado (12) estava dentro do terminal metropolitano São Mateus, na zona leste da capital paulista, quando começou a receber provocações de cunho homofóbico de um grupo de três rapazes. Com medo de ser agredido, ele teria ido para perto de onde estavam motoristas e seguranças do terminal, o que não teria evitado a agressão. Segundo a postagem do jovem no Facebook, que já conta com mais de 8 mil compartilhamentos, o trio teria se aproximado e desferido golpes em sua cabeça. Os seguranças, ao invés de ajudá-lo, teriam rido da situação. "Só riram da minha cara enquanto eu apanhava, não fizeram nada, não prestaram nenhuma ajuda, e isso tá errado", desabafou Guilherme. Junto à postagem em que fez a denúncia, o jovem anexou fotos do ferimento em sua cabeça, do exame de radiografia que fez em um hospital e de um boletim de ocorrência por agressão que registrou na Polícia Civil. Fórum tentou um posicionamento sobre o episódio junto à SPTrans, empresa vinculada à secretaria municipal de Mobilidade e Transportes da capital, e a assessoria de imprensa informou que está apurando o caso. Já a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) informou, por meio de nota, que "repudia comportamentos homofóbicos e tem participado de ações em conjunto com órgãos públicos ligados ao transporte, ao mesmo tempo em que procura conscientizar as empresas operadoras do transporte intermunicipal no sentido de não tolerar conduta discriminatória". A empresa informou ainda que, sobre o caso específico do suposto ataque homofóbico, a Metra, concessionária responsável pela administração do Terminal São Mateus, foi acionada para tentar identificar os funcionários envolvidos na ocorrência e tomar as providências cabíveis. Confira, abaixo, a íntegra do relato do jovem.