Uma empresa de Curitiba que vende macarrão em copo, a Macarrão Curitiba, vem sendo acusada de homofobia por uma publicação em que divulga o produto com a palavra "viadagem".
"Vai ficar de viadagem ou vai fazer um pedido?", diz uma das imagens de divulgação.
A postagem gerou revolta entre usuários das redes sociais, que denunciaram a publicação, já apagada, ao Instagram. "INACREDITÁVEL MACARRÃO CURITIBA DEFINA VIADAGEM?", questionou o fotojornalista Eduardo Matysiak.
O jornalista William de Lucca, que é ativista LGBT, também criticou a propaganda considerada homofóbica. "Sim, eu vou ficar de viadagem e vou usar tudo o que eu conseguir para que nenhum ser humano decente compre de marca que usa homofobia como publicidade", comentou De Lucca em uma postagem da marca no Instagram.
Pelo Twitter, o ativista ainda disse que vai acionar "contatos em Curitiba para que a marca seja acionada judicialmente por crime de homofobia".
Após as críticas, nesta quarta-feira (24), o dono do Macarrão Curitiba, o publicitário Fernando Zolet, tentou justificar dizendo, em um vídeo divulgada na página da empresa no Instagram, que xingar os clientes é um hábito e uma brincadeira.
"Para quem já me acompanha faz tempo sabe como é meu tratamento com meus clientes, sabe exatamente como trato meus clientes, na base da zoeira, da brincadeira. Gosto de xingar vocês, vocês me xingarem de volta. Nosso apelido carinhoso entre a gente é 'arrombado' e eu me orgulho muito disso", afirmou.
Entre reclamações por supostamente ter sido chamado de "nazista" pelos críticos, Zolet afirmou que as pessoas "têm o direito de se ofender", mas que ele não tinha a intenção de ofender ninguém, e que é preciso ter "bom senso na hora de fazer a crítica".
Na sequência, no entanto, disparou: "Usei a palavra 'viadagem' e uma galera se ofendeu. Sinceramente, foda-se. O que que tem a ver? Todo mundo usa essa palavra com seus amigos, e é de boa. Eu falo assim até com meus amigos gays e eles não têm nenhum problema com isso".
Assista.