PSOL desmente: Irmã de Marielle não é candidata

A informação falsa sobre a irmã de Marielle foi veiculada na capa da edição impressa do Jornal do Brasil. "Nós não exploramos a dor, não exploramos o luto — quem o faz é o jornal", escreveu, em nota, a direção estadual do partido

Escrito en MÍDIA el
Em meio às dezenas de fakenews que começaram a surgir após o assassinato da ex-vereadora do PSOL, Marielle Franco, uma delas foi parar na capa de uma edição do Jornal do Brasil que foi às bancas nesta segunda-feira (19). De acordo com o jornal carioca, Anielle Silva, irmã de Marielle, estaria planejando uma candidatura nas eleições deste ano. A nota diz que haveria "consenso que a tragédia apresenta grandes oportunidades". Não há nenhuma menção à matéria no site do Jornal do Brasil, mas internautas tiraram fotos de uma das edições que foi às bancas e a notícia viralizou. [caption id="attachment_127676" align="aligncenter" width="335"] Reprodução/Facebook[/caption] No início da tarde, ao tomar conhecimento da notícia, o perfil oficial no Twitter do PSOL divulgou uma nota da Executiva do partido no Rio de Janeiro desmentindo a informação. "Nós não exploramos a dor, não exploramos o luto — quem o faz é o jornal", diz a nota. Confira a íntegra. JB MENTE: IRMÃ DE MARIELLE NÃO É CANDIDATA Indignação é, com toda a certeza, uma palavra insuficiente para descrever o sentimento diante da manchete de capa do Jornal do Brasil desta segunda-feira. A exploração da dor, do luto, e da revolta legítima de milhões de pessoas para emplacar uma chamada fantasiosa a respeito de supostas pretensões eleitorais da irmã de Marielle Franco é um exemplo chocante do pior tipo de prática jornalística. É desrespeitoso com a família, é desrespeitoso com amigas e amigos de Marielle, e é desrepeitoso com a militância do Partido Socialismo e Liberdade, que tem vivido de forma extremamente dura e sofrida o episódio mais brutal de sua história. Não há nem nunca houve uma conversa de dirigentes do partido sobre a possibilidade de candidatura de Anielle. Qualquer movimento neste sentido não seria apenas insensível — seria absolutamente incondizente com o tipo de construção na qual este partido acredita. Nós não exploramos a dor, não exploramos o luto — quem o faz é o jornal, que alça um factóide à condição de manchete de capa. Repudiamos veementemente a acusação baixa de que haveria "um consenso que a tragédia apresenta grandes oportunidades". Não deixaremos que nossa dor seja desrespeitada deste modo. Nossos militantes e dirigentes estão unidos em um só sentimento de luto pelo atentado contra a nossa companheira, e demandam deste jornal o mínimo de respeito e de responsabilidade profissional que deve ser esperado em momentos como este. EXECUTIVA ESTADUAL