Merval pede impeachment de Bolsonaro: "o pior e mais perigoso presidente que já tivemos"

O colunista afirma ainda que o presidente “não tem a menor noção do cargo que ocupa por um desses azares da sorte”

Presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Agência Brasil)
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O colunista Merval Pereira usou a sua coluna no Globo desta terça-feira (26), para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) e afirmar que ele é o pior e mais perigoso presidente que já tivemos. O colunista lembra que Bolsonaro, entre outros atos, usou “suas mensagens presidenciais para difundir notícias falsas, especialmente em época de pandemia como a que ainda vivemos”.

Merval lembra que “o mais recente desvario do presidente foi divulgar um suposto estudo que afirmaria que os completamente vacinados contra Covid-19 estariam mais sujeitos a contrair Aids. Isso é de uma gravidade assustadora”.

De acordo com o texto, “o presidente da República fazer campanha contra vacinação é crime que deveria ser punido rigorosamente, como aliás pede o relatório final da CPI da Covid. Provocar aglomeração de propósito é crime que tem como consequência mortes. Dizer que quem se vacina pode virar jacaré vira piada na internet, mas é um ataque à saúde pública. Mas aproveitar-se de um estudo científico fajuto para dar cunho de verdade a uma mentira é demais, até mesmo para um irresponsável como Bolsonaro”, completa.

Merval afirma ainda que Bolsonaro “não tem a menor noção do cargo que ocupa por um desses azares da sorte, que fez com que o Brasil tivesse que enfrentar a maior calamidade de saúde pública em um século com o pior presidente de sua história. É pior porque, além de incompetente, coisa que muitos foram, não tem a dimensão da importância do cargo que ocupa”.

“Saído de seu mundo pequeno para a grandeza da tarefa que recebeu na eleição de 2018, Bolsonaro insiste em pensar pequeno, como se continuasse em seu mundinho do baixo clero”, diz ainda.

Ao final, o colunista adverte que “Bolsonaro é o pior presidente que já tivemos, pelo conjunto negativo da obra. O mais perigoso também. Precisava ser impedido de continuar no governo. Mas o julgamento que começa hoje no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tudo indica, o poupará. Será absolvido mais um presidente indigno do cargo, com excesso de provas contra si”.