REINALDO AZEVEDO

Reinaldo Azevedo explica saída da Folha com versos de Caetano Veloso

Bem ao seu estilo, jornalista faz troça do seu relacionamento com o jornal citando famosa canção do cantor baiano

Reinaldo Azevedo.Créditos: Reprodução de Vídeo
Escrito en MÍDIA el

Após anos de colaboração, o jornalista Reinaldo Azevedo publicou sua última coluna na Folha de S.Paulo no final da tarde desta quinta-feira (21), sem dar maiores explicações. No lugar disso – e pra bom entendedor, meia canção basta – alguns versos do clássico de Caetano VelosoO Quereres”, lançada no álbum “Velô”, de 1984.

No texto, com o título: “Reacionários da 'devastidão' se assanham contra o STF; e a última coluna”, o jornalista comenta matérias que tramitam no Congresso e os embates entre parlamentares bolsonaristas e o Supremo Tribunal Federal (STF).

O melhor mesmo, e mais esperado, fica mesmo para o final, quando ele joga enigmas sobre sua despedida:

“E agora o fim. Esta era a minha terceira jornada nesta Folha. Chega ao fim. Por quê? Não é por falta de leitores, sabemos todos. Recomendo que ouçam ‘Quereres’, de Caetano. Eu e o jornal nos olhamos e nos dissemos: ‘Eu te quero (e não queres) como sou/ Não te quero (e não queres) como és’. Vêm novidades por aí. Beijos.”

No tuíte em que divulga a coluna, Reinaldo ainda dá outras pistas:

“Escrevi hoje a minha última coluna na Folha. Por quê? Eu e a Folha nos cantávamos mutuamente a canção que segue. E chegamos à conclusão de que não nos precisávamos, se me permitem a regência de exceção. E todos sabemos disso. Vamos dar vivas à bruta flor do querer. E dos quereres.”

A seguir, posta um link para que o leitor ouça a canção inteira.

O País dos Petralhas

Longe de ser um caso de amor, a relação de Reinaldo Azevedo com o jornal da Família Frias permeia basicamente todos os grandes fatos políticos brasileiros das últimas décadas. Autor, entre outros, dos livros “O País dos Petralhas I e II”, o jornalista foi um crítico feroz do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobretudo durante a crise do chamado mensalão.

Nos últimos anos, virou sua sanha para o bolsonarismo e assumiu uma postura mais branda, sobretudo, com o governo Lula 3.

Veja a postagem e ouça a canção abaixo: