O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou, no final da tarde desta segunda-feira (5), uma nota em que rebate a indireta feita pelo presidente Jair Bolsonaro, que atiçou ataques de bolsonaristas contra o movimento.
Mais cedo, o capitão da reserva postou um vídeo de um grupo de sem terra, sem citar nomes, dizendo que "tem opinião" sobre a questão da luta pela terra, o que motivou apoiadores do presidente a chamarem membros do MST de "terroristas". O termo chegou aos Trending Topics do Twitter.
O grupo que aparece no vídeo divulgado por Bolsonaro, no entanto, não é ligado ao MST. "Essa é mais uma ocasião em que Bolsonaro utiliza de informação falsa para criminalizar um movimento social legítimo. O vídeo em questão não se trata de uma ação do MST. Aliás, vale destacar que a procedência e a data de gravação do mesmo são desconhecidas. Ainda assim, Bolsonaro incita seus seguidores ao ataque baseando-se em um material de cunho duvidoso", diz um trecho da nota do movimento.
No texto, o MST ainda fez questão de destacar que já doou mais de 3,4 toneladas de alimentos produzidos pelos integrantes do movimento durante a pandemia. "Diante disso, continuamos reafirmando o nosso compromisso pela Reforma Agrária Popular e com a produção de alimentos saudáveis", prosseguem os sem terra.
Confira abaixo a íntegra da nota.
Nesta segunda-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou em sua conta oficial no twitter um vídeo de uma suposta ocupação de terra, indiretamente, atribuída ao MST.
Em virtude disso, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra afirma que essa é mais uma ocasião em que Bolsonaro utiliza de informação falsa para criminalizar um movimento social legítimo.
O vídeo em questão não se trata de uma ação do MST. Aliás, vale destacar que a procedência e a data de gravação do mesmo são desconhecidas.
Ainda assim, Bolsonaro incita seus seguidores ao ataque baseando-se em um material de cunho duvidoso.
É sabido que o uso de fake news é parte da estratégia do atual governo que não tem qualquer compromisso com a democracia e com a transparência.
Diante disso, continuamos reafirmando o nosso compromisso pela Reforma Agrária Popular e com a produção de alimentos saudáveis.
Compromisso esse traduzido nas mais de 3400 toneladas de alimentos doados em todo o Brasil desde o início da pandemia do novo coronavírus (COVID-19).