Alunos do Mackenzie relatam ataques de direitistas a manifestantes contra o golpe

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Eles contam que outros estudantes da instituição jogaram bombas e ofenderam àqueles que estavam se manifestando contra o golpe e em favor da democracia Da Redação Algumas centenas de estudantes se reuniram na noite desta quarta-feira (23/03) na Rua Maria Antônia, na região central da capital paulista, para se manifestar em favor da democracia e contra a possibilidade de golpe contra a presidenta Dilma Rousseff (PT). O ato foi chamado por alunos do Mackenzie e recebeu o apoio de outras entidades. Segundo relatos de participantes, outro grupo de estudantes, se reuniu em frente a um dos bares próximos e passou a atacar os manifestantes com bombas e rojões. Eles também passaram a ofender quem estava no ato, inclusive chamando as mulheres de “vadias”. Outros alunos, de dentro do campus, também gritavam frases de ódio contra os manifestantes. Ao chamar a manifestação, os alunos do Mackenzie destacaram que o ato em favor da presidenta Dilma era uma forma de reescrever a história da Universidade, considerada durante muitos anos, inclusive durante a ditadura, um centro de propagação de ideias de ódio da direita, inclusive com a participação de seus alunos no grupo paramilitar Comando de Caça aos Comunistas (CCC). Em outubro de 1968, os alunos do Mackenzie deram início a um ataque aos da Faculdade de Filosofia de Ciências e Letras da Universidade de São Paulo que ficava na mesma rua. Houve revide e o episódio, que terminou com o prédio da USP destruído, ficou conhecido como Batalha Maria Antônia. O prédio foi devolvido para a Universidade em 1993 e reinaugurado no ano seguinte. Hoje funcionam lá o Centro Universitário Maria Antônia e o Tusp.[caption id="attachment_80908" align="aligncenter" width="165"]Foto: reprodução Foto: reprodução[/caption] Nesse confronto, o aluno secundarista José Carlos Guimarães, que havia ido prestar solidariedade aos uspianos assim como outros estudantes de escolas da região, foi assassinado. Segundo o grupo Tortura Nunca Mais, a morte é atribuída a um integrante do CCC. Uma faixa em homenagem a Guimarães foi levada para o ato desta noite.[caption id="attachment_80909" align="aligncenter" width="300"]Foto: reprodução / Facebook Foto: reprodução / Facebook[/caption]