Agricultores do MST protestam em frente ao Palácio do Governo de Pernambuco

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O protesto foi contra as reformas da Previdência, Trabalhista e a aprovação do projeto de terceirização irrestrita da mão de obra, e principalmente contra a pauta agrária do governo Temer Por Pedro Francisco de Paula, colaborador da Rede Fórum O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) realizou, nesta segunda-feira (17), no Recife (PE), um protesto para marcar o 6º Grito pela Terra no estado, que este ano teve como objetivo se posicionar contra as reformas da Previdência, Trabalhista, a aprovação do projeto de terceirização irrestrita da mão de obra e, principalmente, as questões agrárias do governo Temer. Compareceram ao ato a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Pernambuco (FETAPE) e a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Pernambuco (FETAEPE). Ao todo, havia cerca de 6 mil trabalhadores rurais. A movimentação se iniciou pela manhã, na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), no Bairro do Aflitos, e seguiu em passeata até a Assembleia Legislativa do estado (ALEPE), localizado no bairro de Santo Amaro, que fica no centro da capital pernambucana. No local, ocorreu uma audiência pública contra a Medida Provisória (MP) 759/2016 que trata de alterações nas regras referentes à Reforma Agrária no Brasil. Na parte da tarde, a mobilização chegou ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do estado, também no centro do Recife. Lá as lideranças das centrais foram recebidas pelo governador Paulo Câmara, que anunciou que enviaria à Assembleia Legislativa um Projeto de Lei (PL) que garantirá o aumento de 10 % no valor da bolsa do Programa Chapéu de Palha que varia de R$ 100,00 a R$ 246,00, e a construção de cisternas e poços. O protesto lembrou também que há exatos 21 anos ocorria o Massacre de Eldorado dos Carajás no Pará, que resultou no assassinato de 19 trabalhadores rurais sem terra pela Polícia Militar, que até hoje está impune. Somente dois comandantes daquela intervenção foram condenados e estão presos desde 2012. Nenhum soldado ou político envolvido foi responsabilizado. Foto: Pedro Francisco de Paula/Rede Fórum