Alexis Tsipras é oficializado como novo primeiro-ministro da Grécia

Agora é oficial: Alexis Tsipras, líder do partido de esquerda Syriza, é o novo primeiro-ministro da Grécia.

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Agora é oficial: Alexis Tsipras, líder do partido de esquerda Syriza, é o novo primeiro-ministro da Grécia Por Redação, com informações do Expresso [caption id="attachment_57861" align="alignleft" width="300"](Reprodução) (Reprodução)[/caption] Após a  avassaladora vitória do Syriza nas eleições de ontem (25), Alexis Tsipras foi oficializado, em tempo recorde, como o novo primeiro-ministro grego pelo presidente Karolos Papoulias. Na ocasião, ele jurou dar o melhor de si "para proteger os interesses do povo grego". O partido de esquerda liderado por Alexis Tsipras teve 36,3% dos votos e conquistou 149 dos 300 assentos do Parlamento grego. Essa será a primeira vez desde o final do regime ditatorial, no final da década de 1970, que a Grécia será governada por um partido sem ser a Nova Democracia ou o Pasok, que ficaram com 74 e 13 assentos, respectivamente. O primeiro ato do ex-líder estudantil, agora líder da Grécia, foi colocar flores no Memorial da Resistência Nacional em Kaisariani, no subúrbio de Atenas, onde centenas de comunistas que lutaram contra a invasão alemã na Segunda Guerra Mundial foram executados pelos nazistas no dia 1 de maio de 1944. Ao ser juramentado como novo primeiro-ministro pelo presidente Papoulias, Tsipras  quebrou a tradição de não receber a honraria das mãos do chefe da igreja ortodoxa grega, o arcebispo Ieronymos, pois Tsipras se declara ateu e até mesmo recusou uma cerimônia religiosa de casamento com sua companheira de longa data, Betty. Todavia, ele fez uma ligação telefônica de cortesia ao clérigo. Outra tradição quebrada partiu do candidato derrotado, o ex-primeiro-ministro Antonis Samaras, que não recebeu Tsipras pessoalmente na Megaros Maximou, a casa dos primeiros-ministros gregos. Por dois assentos, o Syriza não conseguiu a ampla maioria no Parlamento, o que lhe permitiria governar o país, virtualmente, sozinho. Assim sendo, uma aliança já foi formada com o partido de direita Gregos Independentes, que tiveram 4,75% dos votos e 13 assentos conquistados - 11 a mais do que o Syriza precisa. Apesar de serem ideologicamente distantes, ambos os partidos haviam se posicionado contra o pacote de resgate econômico da Troika (União Europeia, Banco Central Europeu e FMI), que resultou nas medidas de austeridade. Outras reuniões estão previstas com os partidos To Potami e o KKE, o partido comunista grego. Isso não significa que eles farão parte da coalizão do governo, mas Tsipras precisará de seus apoios para a viabilização na eleição do futuro presidente da Grécia. Para tal, serão necessários os votos de 180 deputados. Foto de Capa: Enet.gr