Ao menos 14 profissionais da saúde do Rio de Janeiro se recusaram a tomar a CoronaVac

Há um temor de que tais decisões possam inflar discursos antivacina entre a população

EpiVacCorona, a segunda vacina russa contra a Covid-19 (Divulgação)
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O secretário de Saúde do Rio de janeiro, Daniel Soranz, revelou ao UOL que ao menos 14 profissionais da linha de frente da saúde se recusaram a tomar a vacina CoronaVac.

De acordo com informações reveladas por Soranz, os profissionais que se recusaram a tomar a vacina atuam em enfermarias, UTIs e asilos da rede municipal, estadual e privada.

Além dos profissionais da saúde, ao menos seis pessoas idosas também se recusaram a tomar a vacina contra a Covid-19.

"Nós (profissionais da saúde) tentamos convencer essas pessoas em relação a isso, temos mantido diálogos e explicado sobre a segurança da vacina. Mesmo assim, 14 profissionais de saúde e seis idosos se recusam", declarou Daniel Soranz.

O motivo que levou essas pessoas a se recusarem a tomar a vacina não foram revelados.

Sobre o afastamento desses profissionais, o secretário de saúde declarou que isso cabe às diretorias dos hospitais onde esses profissionais atuam. Segundo Soranz, a maioria deles não é da rede municipal, alguns são da rede estadual e privada de saúde.

Tânia Vergara, presidente da Sociedade de Infectologia do Rio de Janeiro, disse que é necessário ouvir essas pessoas e buscar entender os seus motivos.

"É necessário saber quais são as razões dessas pessoas para a recusa. A menos que sejam razões clínicas, como o tratamento de outra doença em curso ou o histórico de reações a outras vacinas, não há por quê. É uma lástima", disse Vergada ao UOL.

O professor da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), Edmilson Migowiski, teme que tais decisões possam influenciar outras pessoas. Migowiski também disse que é preciso separar aquelas que não tomaram por questões clínicas daquelas que se recusaram por questões ideológicas.

Com informações do UOL.