Após perseguições, rádio comunitária da Bahia lança campanha para continuar em funcionamento

Representantes da rádio Coité FM denunciam perseguições da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), apreensão de transmissores, multas e condenação penal da emissora.

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Representantes da rádio Coité FM denunciam perseguições da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), apreensão de transmissores, multas e condenação penal da emissora Por Redação A rádio baiana Coité FM lançou nesta terça-feira (23) uma campanha, em parceria com a Artigo 19 e a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc Brasil), para arrecadar fundos para o veículo, que tenta há 18 anos uma outorga de funcionamento no Ministério das Comunicações. Os responsáveis pela Coité denunciam perseguição e criminalização das atividades da emissora. Segundo eles, a rádio já sofreu represálias da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), apreensão de três transmissores, multas e condenação penal dos representantes legais pela ausência da outorga. Agora, a campanha “Apoie a Rádio Coité FM” busca conseguir verbas para a continuação do projeto, além de evidenciar, internacionalmente, o cerceamento da liberdade de expressão. Um dos organizadores é Piter Junior, nome pelo qual é conhecido o radialista Zacarias de Almeida Silva, que foi condenado a dois anos de prisão e ao pagamento de multa de R$ 10 mil por exploração clandestina de radiofusão. Pedro Martins, conselheiro da Amarc Brasil, afirma que o caso é emblemático e não é o único, uma vez que reflete o cotidiano de muitas rádios comunitárias no país. A campanha - que tem como meta angariar R$ 11.500 para quitação de multas, honorários de advogados e substituição de equipamentos confiscados - ficará online durante 60 dias e recebe doações por cartão de crédito ou boleto. Para saber mais, clique aqui. Foto: Reprodução