Após ser assediada e chamada de piranha, mulher terá indenização de R$ 8 mil

Construtora do BRT, no Rio de Janeiro, foi condenada por danos morais por conta de assédio de seu funcionário

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Construtora do BRT, no Rio de Janeiro, foi condenada por danos morais por conta de assédio de seu funcionário Da Redação A dentista Jéssica Mendes conseguiu ganhar na Justiça uma indenização pelo assédio que sofreu de um operário de uma construtora que prestava serviços da obra do BRT, no Rio de Janeiro. Ajude a Fórum a fazer a cobertura do julgamento do Lula. Clique aqui e saiba mais. "A gente sempre ouve alguma gracinha, só que ele já tinha mexido comigo três vezes naquela semana. Falando coisas sempre muito pesadas”, contou Jéssica ao G1. Um dia ela não aguentou mais. “Virei para trás e falei ‘cala a boca’”. Foi aí que o homem se irritou, a chamou de piranha e a ameaçou. “Eu já estava andando constrangida, porque primeiro eu fui xingada, tentei me defender, e aí eu fui constrangida e ameaçada.” Jéssica disse que sentiu muita raiva, medo, sensação de fragilidade, de estar desprotegida, exposta e sozinha. Ela lembrou que ficava olhando na janela para saber se o agressor estava lá ou não. Depois que a dentista decidiu fazer um Boletim de Ocorrência e entrar com a ação contra a empresa, passou em frente à obra e não mais só o agressor a importunaram, como três outros homens. O processo durou dois anos e neste ano a empresa foi condenada a pagar R$ 8 mil reais por danos morais. Para Jéssica, é preciso falar sobre assédio para evitar que mulheres se sintam ameaçadas. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 85% das mulheres têm medo de ser vítima de agressão sexual.