Estudantes da USP decidem manter greve e ocupação da reitoria

TJ-SP concedeu liminar para a reintegração de posse; nova assembleia ocorre nesta quinta-feira (7)

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TJ-SP concedeu liminar para a reintegração de posse; nova assembleia ocorre nesta quinta-feira (7) Por Isadora Otoni [caption id="attachment_35808" align="alignleft" width="360"] Mesmo com a liminar para reintegração de posse, alunos da USP decidem manter a greve (Marcelo Camargo / Agência Brasil)[/caption] A Assembleia Geral de Estudantes da USP decidiu na quarta-feira (6) manter a greve. Por 757 votos contra 562, os alunos darão continuidade à ocupação da reitoria da Cidade Universitária, zona oeste de São Paulo. O movimento dos estudantes, que começou no dia 1º de outubro, também não assinou o termo de acordo proposto nas últimas negociações com o reitor. A próxima assembleia será realizada hoje (7), às 18h. Na segunda-feira (4), o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu liminar que autoriza a reintegração de posse da reitoria ocupada. João Grandino Rodas, o reitor, poderá acionar a polícia quando desejar a desocupação do prédio do campus. Entretanto, no dia 15 de outubro, o desembargador José Luiz Germano havia concedido 60 dias para a desocupação da USP por meio de negociações, ressaltando o caráter político da manifestação. As negociações já tinham sido iniciadas quando a Justiça decidiu pela reintegração. Segundo Luisa D’Avola, diretora do DCE, a decisão judicial não respeitou o tempo necessário para um acordo entre o reitor e os alunos. “Para eles, nós esgotamos as vias de negociação. No entanto, o processo do termo de acordo realmente demora. A abertura de canais de diálogo já tinha sido feita”, contou Luisa. A proposta indicada para votação não contemplava todas as questões apontadas pelo movimento dos estudantes da USP. Apesar de conseguirem a devolução de dois blocos de moradia estudantil e a abertura de uma estatuinte livre, autônoma e democrática, o termo de acordo não tocou em questões cruciais, como a eleição para reitor através da lista tríplice e o convênio da USP com a Polícia Militar. Além disso, não houve uma garantia de que os alunos manifestantes estejam livres de processos criminais. Atualmente, a escolha para reitor da USP é feita através da lista tríplice. Alunos e funcionários elegem três candidatos, que constituem as opções de nomes para o cargo. Então, o governador escolhe seu nome de preferência. Em 2009, José Serra escolheu Rodas, o segundo colocado, para assumir o cargo.
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