Arthur Virgílio deve desistir da prévia tucana e apoiar Doria

O PSDB pretende fazer a primaria totalmente digital, porém, aplicativo desenvolvido para filiados e parlamentares é alvo de críticas da militância

O então candidato "BolsoDoria" em 2018. Foto: reprodução
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O nome de Arthur Virgílio, ex-preifeito de Manaus (AM), ainda consta na lista de candidatos na primária tucana, que acontece no dia 21 de novembro, e que vai decidir quem vai representar o PSDB na eleição presidencial em 2022.

Porém, a disputa deve ficar mesmo entre Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, e João Doria, governador de São Paulo, pois, nos bastidores Virgílio tem afirmado que pode desistir, pois sabe que não tem chance alguma de vencer a primária tucana, e apoiar o candidato paulista.

Com a retirada de seu nome da primária tucana, Virgílio deve disputar uma vaga no Senado pelo estado do Amazonas, uma disputa que também não deve ser nada fácil, visto que o seu adversário será o senador Omar Aziz (PSD), que preside a CPI do Genocídio e vai tentar a reeleição.

Nesta terça-feira (18) os três candidatos realizarão um primeiro debate. Há uma expectativa de que Doria e Leite troquem acusações.

O governador de São Paulo seguia como franco favorito para vencer as prévias tucanas, mas, segundo informações do Metrópoles, o governador do Rio Grande do Sul cresceu bastante nos últimos dias e dentro do PSDB há quem aposte em uma virada de Eduardo Leite.

Militância tucana reclama de app que será usado nas prévias

A primária do PSDB que vai escolher o candidato do partido à presidência da República prevê votação pelo aplicativo para filiados, vereadores e deputados, porém, desde que entrou no ar, na última quinta-feira (14), há várias reclamações sobre o seu funcionamento.

As principais reclamações sobre o app são: problemas na hora de realizar o cadastro, falta de respostas na central de dúvidas e queixas sobre o fato de o aplicativo não estar disponível para iPhone.

Ao UOL, a direção nacional do PSDB afirmou que o sistema é inovador e que eventuais falhas estavam previstas. "Muitos dos problemas relatado, inclusive, se relacionam com etapas absolutamente necessárias para aumentar a segurança do sistema, uma prioridade em sua concepção".

Sobre a crítica de o aplicativo não estar disponível para iPhone, o partido informou que ele ainda está sob análise da Apple.

O objetivo do PSDB é fazer toda a votação pelo aplicativo, pois, acredita que ele custará menos que a produção de cédulas em papel, a qual considera mais cara e menos segura.

"Salientamos que a alternativa posta hoje ao aplicativo nas prévias é o voto em cédula - que envolve riscos de fraude, custos logísticos (distribuição de urnas por todo Brasil inclusive em lugares remotos como interior da Amazônia), contratação de fiscais de urnas para cada candidato, divergências no processo de contabilização de votos, e atrasos na apuração", diz a nota do partido.

Com informações do Metrópoles e UOL.