Atos antidemocráticos: PF revela que Michelle e assessor de Bolsonaro acessaram perfis fakes e golpistas

A maioria dos acessos a esses perfis se deram dentro de órgãos públicos ligados ao Palácio do Planalto

Michelle Bolsonaro - Foto: Marcos Corrêa/PR
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A investigação da Polícia Federal (PF) descobriu que Michelle Bolsonaro e o assessor presidencial Tércio Thomaz acessaram perfis fakes e golpistas utilizados para promover atos antidemocráticos. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, foram identificados ao menos 1.045 acessos de contas ‘inautênticas’ ligadas a aliados do presidente Jair Bolsonaro.

"Investigação de atos antidemocráticos revela acessos via Michelle e assessor presidencial Tércio Thomaz em perfis fakes golpistas. A PF identificou em perfis derrubados pelo Facebook mais de mil acessos oriundos de órgãos públicos, da Presidência à Câmara do Rio. É BOMBA", escreveu o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) em suas redes.

https://twitter.com/IvanValente/status/1401548104776785927

Além disso, o deputado também revelou que "A PF detectou também acessos de perfis fakes em atos antidemocráticos pelo Senado, pela Câmara e pela 1ª Brigada de Artilharia Antiárea do Exército".

https://twitter.com/IvanValente/status/1401548851954307078

Leia também: Atos antidemocráticos: Jornal Nacional revela que PF quis aprofundar investigações e PGR pediu arquivamento

O Jornal Nacional deste sábado (5) apresentou ampla reportagem questionando a conduta da Procuradoria-Geral da República (PGR). O telejornal da Rede Globo mostrou que a Polícia Federal (PF) tentou junto à PGR que as investigações do inquérito dos atos antidemocráticos fossem aprofundadas.

Porém, a PGR não fez muito esforço para apurar e demorou cinco meses para se manifestar. Para piorar, na sexta-feira (4), pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do caso.

As investigações buscam encontrar provas sobre o financiamento e a organização de manifestações contra a Corte e o Congresso, além de defender o AI-5, ocorridas em abril de 2020. Parlamentares e blogueiros bolsonaristas são alvos de investigação.