Bolsonaro volta a ligar ataque dos EUA ao "terrorismo": "O Irã adotou alguma medida contra nós? Eu acho que não"

Ao ser indagado sobre as relações diplomáticas com o Irã, após nota do Itamaraty que resultou no chamamento da diplomata brasileira pelo governo iraniano, Bolsonaro disse que se "reserva ao direito de estadista, de presidente do Brasil, de não discutir essas coisas"

Olavo de Carvalho, Bolsonaro, Ernesto Araujo e Eduardo Bolsonaro (Reprodução)Créditos: Twitter
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Jair Bolsonaro voltou a ligar o ataque dos Estados Unidos que assassinou o general iraniano Qassem Soleimani ao combate ao "terrorismo" na manhã desta terça-feira (7). Ao ser indagado sobre as relações diplomáticas com o Irã, após nota do Itamaraty que resultou no chamamento da diplomata brasileira pelo governo iraniano, Bolsonaro disse que se "reserva ao direito de estadista, de presidente do Brasil, de não discutir essas coisas". "Eu quero saber uma coisa: o Irã adotou alguma medida contra nós? Eu acho que não", afirmou aos jornalistas na porta do Palácio da Alvorada. Com a insistência dos jornalistas, Bolsonaro demonstrou irritação e ergueu a voz. "Nós repudiamos terrorismo em qualquer lugar do mundo e ponto final. é um direito deles, como é o meu também", afirmou ele, que disse que quer esperar o retrono do chanceler Ernesto Araújo ao Brasil para falar sobre o assunto. "O Ernesto está fora do Brasil. Ele chegando aqui eu vou conversar com ele. Eu não costumo conversar de certos assuntos sem antes ouvir o respectivo ministro", disse. Na nota do Itamaraty, divulgada no dia 3, o Brasil manifestou “apoio à luta contra o flagelo do terrorismo”. Nesta segunda-feira (6), ?O governo do Irã convocou a encarregada de negócios da embaixada do Brasil no país, Maria Cristina Lopes, para reclamar da nota oficial divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores. Perguntado sobre uma possível retaliação à convocação do Irã à diplomata brasileira, Bolsonaro não respondeu.