Braço direito de Teori deve deixar gabinete após indicação de substituto

O juiz Márcio Schiefler, auxiliar do ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo no último dia 19, deve deixar o STF (Supremo Tribunal Federal). Considerado "braço direito" de Teori na Operação Lava Jato, Schiefler foi designado para o gabinete do ministro em 2014 e acompanhou os processos da operação desde o início.

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O juiz Márcio Schiefler, auxiliar do ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo no último dia 19, deve deixar o STF (Supremo Tribunal Federal). Considerado "braço direito" de Teori na Operação Lava Jato, Schiefler foi designado para o gabinete do ministro em 2014 e acompanhou os processos da operação desde o início. Da Redação O juiz Márcio Schiefler, auxiliar do ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo no último dia 19, deve deixar o STF (Supremo Tribunal Federal) após indicação de substituto. Ele não é o único integrante do gabinete de Teori que deve deixar o tribunal depois da morte do ministro, segundo apurou a Folha. O gabinete tem cerca de 50 funcionários, entre concursados e cargos de confiança – um dos quais ocupado por Schiefler. Os servidores concursados devem permanecer no STF e trabalhar junto com o novo ministro que será designado pelo presidente Michel Temer para a vaga de Teori. O novo relator da Lava Jato, que deve ser definido nesta quarta (1), pode pedir para continuar sendo auxiliado pela equipe de Teori na operação. Perfil de Schiefler Considerado "braço direito" de Teori na Operação Lava Jato, Schiefler foi designado para o gabinete do ministro em 2014 e acompanhou os processos da operação desde o início – a primeira lista de parlamentares citados pelos delatores chegou ao STF em março de 2015. Schiefler continuou conduzindo audiências com delatores da Odebrecht mesmo após a morte de Teori. Ao lado de dois juízes instrutores, ele participou dos últimos depoimentos de executivos antes da homologação dos acordos no Supremo Tribunal Federal. Ele é apontado por colegas como equilibrado, ponderado e discreto. É juiz em Santa Catarina, mesmo estado natal de Teori, mas os dois nunca haviam trabalhado juntos antes de Brasília, de acordo com a publicação. Foi Schiefler quem recebeu a equipe da Procuradoria-Geral da República em março de 2015 para a entrega da apelidada “lista de Janot” – primeiro pedido enviado ao STF para investigações contra pessoas citadas na operação “lava jato” que apresentam ou apresentavam prerrogativa de foro. Os outros dois juízes auxiliares entraram na equipe no ano passado: Paulo Marcos de Farias, também de Santa Catarina, e Hugo Sinvaldo Silva da Gama Filho, juiz federal em Goiás. Geralmente, ministros do Supremo têm dois auxiliares para ajudar nos processos, mas a corte havia autorizado um juiz extra a Teori, para dar conta do volume de trabalho.