China vai castigar severamente quem propagar fake news sobre coronavírus

Promotores de Pequim anunciaram que passarão a considerar a divulgação de dados falsos alarmantes como um delito grave e passível de punição similar a crimes como de negligência ao cumprir as medidas preventivas ou a elevação dos preços de medicamentos.

Cidade de Wuhan, epicentro onde surgiu o Coronavírus (Reprodução/Twitter)
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A Procuradoria Popular de Pequim (órgão similar ao Ministério Público no Brasil) anunciou nesta quinta-feira (30) que perseguirá vários delitos que possam agravar a situação da luta contra a epidemia do coronavírus. Segundo texto publicado pelo jornal público Beijing Ribao, a Procuradoria pretende aumentar as penas daqueles que cometam crime de ocultação de informação ou divulgação de notícias falsas alarmantes, que passarão a ser considerados delitos graves. Recentemente, a mesma Procuradoria já havia tomado medidas para aumentar as penas para outros delitos, como a negligência ao cumprir as medidas preventivas, ou a elevação dos preços de medicamentos – por exemplo, nesta semana, o dono de uma farmácia foi preso e multado em 430 mil dólares por multiplicar em 6 vezes os preços de máscaras e outros produtos usados na prevenção da doença. No caso da ocultação de informações ou divulgação de notícias falsas alarmantes, haveria somente um aumento das penas de prisão, que poderias ser de até 7 anos, dependendo do caso. A epidemia do coronavírus na China surgiu em dezembro, na cidade de Wuhan, que ainda é onde estão a grande maioria dos casos, embora o vírus já tenha se alastrado para outras regiões e até outros países. Só na China, já foram registrados 7,7 mil casos, segundos dados oficiais atualizados nesta quinta. O número de falecidos aumentou para 170, e o de pessoas que receberam alta médica é 124, segundo dados oficiais entregues pelo governo chinês.