Conforme esperado, Santos (SP) registra mais que o dobro de mortes por Covid após feriado de praias cheias

Entre os dias 8 e 14 de setembro, houve dez óbitos na cidade; já entre os dias 15 e 21, foram registradas 24 vítimas fatais: “Isso é uma tragédia. O principal motivo é que flexibilizou geral”, destaca infectologista

Foto: Ronaldo Barreto/Arquivo
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Do Folha Santista

O aumento significativo no número de mortes por Covid-19 em Santos, litoral paulista, nos últimos sete dias, assustou o médico infectologista Marcos Caseiro, que atua na Secretaria Municipal de Saúde e é professor da Faculdade de Medicina da Unilus e do curso de pós-graduação da Unisanta.

Entre os dias 8 e 14 de setembro, houve dez óbitos na cidade em consequência do coronavírus. Já entre os dias 15 e 21, foram registradas mais que o dobro, ou seja, 24 vítimas fatais da doença.

“Isso é uma tragédia, um aumento absurdo. Certamente, os motivos são múltiplos. O principal deles é que, na verdade, flexibilizou geral. Você anda na cidade, nas praias e as pessoas relaxaram total. Hoje, a gente observa filas, amontoados de gente nos bares e restaurantes. Não estão usando mais máscara, liberaram geral, com a falsa sensação de segurança. Isso assusta”, avalia Caseiro.

Ele ressalta que a doença ainda causa de 800 a mil mortes diariamente no Brasil. Só em Santos, por enquanto, houve mais de 600 óbitos. “Tiveram os fins de semana com sol e as pessoas descendo para a Baixada Santista de forma absurda. Perdeu-se o controle no sentido de manter o distanciamento”, ressalta o médico.

No início da pandemia, reflete Caseiro, as pessoas com mais idade, acima de 60 anos, que são quase um quarto da população de Santos, se preservaram. No entanto, agora, com essa sensação de que está tudo normal, com as pessoas se expondo dessa forma, haverá, certamente, aumento maior de mortes, destaca o infectologista.

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