Convidado por Bolsonaro para chefiar missão no Líbano, Temer não pode viajar sem autorização judicial

Réu na Lava-Jato do Rio, ex-presidente já comunicou à Justiça intenção de viajar ao país de seus antepassados para auxílio após explosão no porto de Beirute

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Convidado pelo presidente Jair Bolsonaro, para comandar a missão brasileira de ajuda ao Líbano, o ex-presidente Michel Temer está proibido de deixar o Brasil sem autorização judicial.

Temer é acusado de corrupção passiva e outros crimes na Operação Lava-Jato do Rio de Janeiro e chegou a ser preso preventivamente duas vezes, no ano passado. 

Na última vez em que o ex-presidente foi libertado, em maio, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça trocou a prisão preventiva por medidas cautelares. A proibição de deixar o país sem autorização judicial é uma delas.

Desde então, Temer já conseguiu autorização para viajar para dar palestras nas universidades de Oxford, na Inglaterra, em outubro passado, e de Salamanca, na Espanha, em dezembro. 

O ex-presidente, que é descendente de libaneses, já comunicou à Justiça a intenção de viajar para Beirute e espera a autorização.

O Brasil tem a maior comunidade libanesa fora do Líbano e integra um esforça internacional de auxílio ao país, atingido por um explosão no porto da capital, na última terça-feira (4), que matou mais de 150 pessoas e deixou mais de 4.400 feridos.