Covid-19: Governo estuda confisco de máscaras cirúrgicas e aventais

“Vamos impedir a exportação e determinar a apreensão dos produtos na própria fábrica, se necessário", declarou o secretário-executivo do Ministério da Saúde

Joao Gabbardo e Henrique Mandetta | Foto: Erasmo Salomão/MS
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Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (27), o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo Reis, afirmou que o ministério estuda ações para garantir o abastecimento de materiais de saúde em meio à crise do novo coronavírus (Covid-19).

“Há produtores que se mostraram desinteressados em vender [máscaras e aventais] para o Ministério da Saúde. Preferem exportar. Nós não vamos contemporizar. Vamos impedir a exportação e determinar a apreensão dos produtos na própria fábrica, se necessário", afirmou.

Gabbardo conta que o ministério tentou comprar produtos por meio de licitação de mais de R$ 140 milhões, mas não obteve interessados. Ele afirma que os produtores parecem mais interessados em ganhar com a exportação dos produtos hospitalares, principalmente para a China.

O secretário aponta que algumas chegaram a participar da licitação, mas agora pretendem deixar a concorrência. “Vamos agir com bastante rigor. Pode haver penalidades: são passíveis de [bloqueio] na participação em licitações públicas e multa. A Lei 13.979, aprovada pelo Congresso, nos permite isso", disse ainda.

"O Brasil precisa deste produto, se nós precisarmos disso e não houver disponibilidade para vendar para o Ministério da Saúde, vamos utilizar tudo que o ministério [tem]. Estamos numa situação de emergência em saúde pública", completou.

Com informações do R7

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