Depois de O Boticário, Coca-Cola lança campanha sobre diversidade sexual; assista

Campanha inclui curta-metragem que aborda também a questão do bullying na adolescência; nas redes, ativistas apontam pontos problemáticos da peça.

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Campanha inclui curta-metragem que aborda também a questão do bullying na adolescência; nas redes, ativistas apontam pontos problemáticos da peça Por Redação A Coca-Cola se tornou mais uma grande corporação a abordar, em suas peças publicitárias, a questão da diversidade sexual. Sua nova campanha para a América Latina inclui um curta-metragem de 7 minutos e 42 segundos que, além de discutir o tema, traz o debate sobre o bullying entre crianças e jovens. O enredo gira em torno de Diego, um adolescente que descobre, por meio de uma mensagem de texto, que seu melhor amigo, Rafael, é homossexual. O mérito do curta é retratar a forma natural com que o personagem reage à notícia, preferindo preservar a intimidade do amigo em vez de expô-lo à turma e respeitando sua orientação sexual, sem discriminá-lo. Embora seja significativo que uma marca global trate o assunto de forma positiva – assim como aconteceu com O Boticário, que, apesar de não ter expressão internacional, é bastante conhecida e conceituada nacionalmente –, militantes levantaram alguns pontos considerados problemáticos na peça. Entre eles, as cenas finais, em que a menina pela qual Diego estaria apaixonado lhe é apresentada por Rafael, que diz: "Só uma coisa sobre as vantagens, pois acho que você tem uma nova agora. Amigos como eu, que conhecem as garotas mais lindas do mundo, e vão te apresentar pra elas". "Ele corrobora aquela tese machista: dê graças a Deus que seu amigo é gay, sobra mais mulher para você no mundo", afirmou a ativista trans Daniela Andrade em um post no Facebook.

"A história poderia ser muito bonita, pra começar colocando menos loiros dos olhos claros, pois desconheço que essa seja a prevalência da população brasileira, e depois não terminando com essa história de que o amigo, por ter não ligado que o outro é gay, ganha como prêmio a companhia da menina mais bonita (loira dos olhos claros)", acrescentou Daniela. "Poderiam ensinar as pessoas a tratarem com naturalidade a homossexualidade, sem precisar para isso de nenhum ganho machista."

Confira o curta: