Deputados franceses aprovam legalização do casamento e adoção por casais homossexuais

Marcha do Orgulho Gay, em Toulouse, na França, em junho de 2011 (Foto: WikiCommons)
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Projeto de lei ainda precisa passar pelo Senado para entrar em vigor

Da Redação

[caption id="attachment_21395" align="alignleft" width="300"] Marcha do Orgulho Gay, em Toulouse, na França, em junho de 2011 (Foto: WikiCommons)[/caption]

A Assembleia Nacional da França, poder equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil, aprovou nesta terça-feira, 12, a lei que permite o casamento e a adoção de filhos por casais do mesmo sexo. A lei depende ainda da promulgação ou veto do Senado para vigorar, o que deve acontecer dentro de 2 meses.

A lei recebeu 329 votos favoráveis. A maioria de grupos políticos de esquerda da França, liderados pelo partido Socialista, do presidente François Hollande. Por sua vez, a direita francesa na sua maioria se opôs a lei e foi responsável por grande parte dos 229 votos contrários a sua aprovação. A expectativa é que o Senado não vete o projeto, uma vez que os socialistas e partidos aliados são a maioria também naquela instituição.

Nas últimas semanas, os deputados franceses têm discutido o projeto de lei, tema que provocou manifestações contra e a favor legalização. A aprovação da íntegra do projeto ocorreu 10 dias depois dos parlamentares aprovarem o primeiro, e mais importante, artigo do texto: “o matrimônio é contraído entre duas pessoas de sexos diferentes ou do mesmo sexo”.

Pesquisas mostraram que os franceses, na sua maioria, apoiam o casamento gay. Porém, as vozes contrárias ganham força quando a adoção de crianças está em discussão.

A aprovação do projeto é a primeira reforma social importante do governo socialista de Hollande, que teve a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo como promessa de campanha. O porta-voz da bancada socialista, Thierry Mandon, disse que a aprovação mostra “orgulho de permitir que a República dê um passo gigante rumo à igualdade de direitos”.

Com informações do Opera Mundi.