"É estarrecedor", diz Dilma sobre vazamento de depoimentos pela Justiça

Candidata à reeleição, presidenta utilizou o seu perfil no Facebook para criticar o vazamento de áudios de depoimentos; o governo federal solicitou acesso às delações, mas foi negado.

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Candidata à reeleição, presidenta utilizou o seu perfil no Facebook para criticar o vazamento de áudios de depoimentos; o governo federal solicitou acesso às delações, mas foi negado Por Redação A presidenta e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), utilizou o seu perfil no Facebook para criticar o vazamento de áudios de depoimentos sobre o suposto caso de corrupção na Petrobras, que foram dados à Justiça nesta quinta-feira (9) pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. A candidata classificou tal vazamento como "estranho e estarrecedor", por terem ocorrido no meio da campanha eleitoral. "Então, acho muito estranho e muito estarrecedor que, no meio de uma campanha eleitoral, façam esse tipo de divulgação. Para o Brasil é muito importante, para que de fato a gente combata a corrupção, que não se deixe uma coisa se misturar com a outra. Para que haja, de fato, um interesse real, legítimo e concreto em punir corruptos e corruptores. Agora, que não se use isso de forma leviana em períodos eleitorais e de forma incompleta, porque nós não temos acesso a todas as informações", declarou Dilma Rousseff. Em outro momento, a presidenta afirmou que o vazamento de depoimento enfraquece os aparelhos estatais. "Eu acho que a investigação deve ser feita sem manipulação política e sem qualquer outro tipo de intervenção. Não acredito que a legislação no Brasil possa ser aplicada ao sabor das circunstâncias, e acredito que isso não contribui para o fortalecimento das instituições", disse. O governo federal pediu acesso à delação, mas não obteve. "A delação premiada, para ser aceita, tem que estar baseada em provas. O que eu suponho? Que lá esteja a maior parte das provas, que lá tenha um arco bem maior do que esse que foi divulgado. O que eu considero incorreto é divulgar parcialmente num momento eleitoral", criticou. Foto: Vírgula