Em artigo, CUT repudia "os ataques à educação brasileira"

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"Após o golpe que o governo Dilma Rousseff sofreu, vemos, paulatinamente, o governo golpista dilapidar cada uma dessas conquistas no campo educacional de forma acelerada e entreguista ao mercado, fora outras investidas no campo social como um todo". Confira o artigo de Edjane Rodrigues, secretária nacional de juventude da central Por Edjane Rodrigues*, no site da CUT A Juventude da CUT repudia os ataques à educação Brasileira No decorrer da sua história, a educação pública brasileira sempre sofreu ataques graves dos setores econômicos do país que visam desqualificar a educação como direito social, constitucionalmente garantido, em prol da mercantilização desse setor e exploração desse nicho financeiro. Nos últimos 13 anos, assistimos, ainda que de forma tímida, uma valorização maior da educação pública, com o aumento dos recursos orçamentários para a área, a aprovação da lei do piso mínimo para o magistério nacional, bem como a expansão dos cursos técnicos, da universidade pública e a introdução de elementos inclusivos na educação como as cotas e os programas ProUni, Pronatec, Fies e Ciência sem Fronteiras. Após o golpe que o governo Dilma Rousseff sofreu, vemos, paulatinamente, o governo golpista dilapidar cada uma dessas conquistas no campo educacional de forma acelerada e entreguista ao mercado, fora outras investidas no campo social como um todo. A medida provisória imposta pelo presidente golpista Michel Temer, que não legitimamos, visa excluir a obrigatoriedade das aulas de educação física, artes, filosofia e sociologia no currículo escolar do ensino médio. O presidente da República golpista Michel Temer deseja que a reforma escolar entre em vigor em 2018. As principais mudanças no texto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) excluem a obrigatoriedade de aulas de educação física, artes, filosofia e sociologia, incentiva o aumento da jornada integral (aumento de 800 para 1.400 horas de aula por ano) e a flexibilização da grade curricular, em que os alunos poderão escolher disciplinas de acordo com sua área de interesse. O Conselho Federal de Educação Física considera um contrassenso que no momento em que inúmeras pesquisas apontam o crescimento da obesidade e do sedentarismo infanto-juvenil, e sabendo que a atividade física é a medida mais eficaz para evitar esse mal, o Governo Federal proponha a retirada da Educação Física do Ensino Médio. Sobretudo por se tratar do país que acabou de atravessar a década de megaeventos esportivos, sediando recentemente os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, onde ficou clara a importância da atividade física na manutenção da saúde e da formação cidadã. A Juventude Brasileira, com o propósito de lutar pelo fortalecimento das políticas sociais públicas, considera importante a emissão desta Nota de Repúdio, pois não aceitamos essa ponte para o futuro e reafirmamos por mais uma vez que não legitimamos esse governo golpista. *Edjane Rodrigues é secretária nacional de juventude da CUT Foto: NINJA