Em culto evangélico, Eduardo Cunha diz que maioria do Brasil é conservadora

O presidente da Câmara dos Deputados chegou a afirmar que a "sociedade pensa como nós [os conservadores] pensamos" e que, por isso, é preciso deixar que "a maioria seja exercida, e não a minoria"; parlamentar prometeu ainda que lutará para que os princípios da igreja evangélica sejam "levantados e defendidos" no Legislativo

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O presidente da Câmara dos Deputados chegou a afirmar que a "sociedade pensa como nós [os conservadores] pensamos" e que, por isso, é preciso deixar que "a maioria seja exercida, e não a minoria"; parlamentar prometeu ainda que lutará para que os princípios da igreja evangélica sejam "levantados e defendidos" no Legislativo  Por Redação  Para o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), a maioria do Brasil é conservadora. A afirmação foi feita em um culto evangélico realizado no Rio de Janeiro neste domingo (1º), no templo Vitória em Cristo. Centenas de pessoas estavam presentes quando o deputado disse que "a maioria da sociedade pensa como nós pensamos" e que é preciso deixar que "a maioria seja exercida, e não a minoria", fazendo clara referência a pautas progressistas e da causa LGBT, que historicamente se posiciona de maneira contrária. "Não sou eu que não vou deixar a pauta progressista andar, não sou eu que sou conservador. A maioria da sociedade pensa como nós pensamos. É só deixar que a maioria seja exercida, e não a minoria", afirmou, adicionando ainda que os órgãos de imprensa costumam dar "cobertura maior" aos ativistas gays. Deixando de lado o princípio do Estado laico, Cunha seguiu prometendo mostrar "aquilo que o evangelho exerce" e lutar para que os princípios da igreja evangélica sejam "levantados e defendidos" no Legislativo. Essa influência direta da religião dentro da Câmara, por influência de seu presidente, já acontece de forma direta há algum tempo. Todas as sextas-feiras o parlamentar conduz, na Casa, uma cerimônia religiosa com outros deputados. Foto: Eduardo Cunha conduz culto evangélico na Câmara (Divulgação)