Em SP, milhares de pessoas saem às ruas por reformas

“Teve uma turma aqui na [avenida] Paulista dizendo que o povo devia ser reprimido por uma intervenção militar. Era só uma meia dúzia, uma playboyzada dos Jardins, que, porque o titio Aécio perdeu a eleição ficou bravinha”, ironizou Guilherme Boulos, coordenador do MTST.

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“Teve uma turma aqui na [avenida] Paulista dizendo que o povo devia ser reprimido por uma intervenção militar. Era só uma meia dúzia, uma playboyzada dos Jardins, que, porque o titio Aécio perdeu a eleição ficou bravinha”, ironizou Guilherme Boulos, coordenador do MTST Por Vinicius Gomes, colaborou Igor Carvalho [caption id="attachment_54980" align="alignleft" width="300"]Ato partiu do vão livre do MASP, onde, segundo o MTST, 15 mil manifestantes se reuniram Ato partiu do vão livre do MASP, onde, segundo o MTST, 15 mil manifestantes se reuniram[/caption] Na noite desta quinta-feira (13), um ato reuniu milhares de pessoas na avenida Paulista, região central de São Paulo. Os manifestantes pediam reformas em diversos setores e protestavam contra o “avanço da direita fascista.” O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) foi o organizador do evento, que teve adesão do Juntos (Juventude do PSOL), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), entre outros movimentos. As 15 mil pessoas presentes, segundo o MTST (para a PM eram 5 mil), pediam pelas reformas agrárias e urbana, política, tributária progressiva, além da democratização das comunicações e a desmilitarização da segurança pública. Sobre o “avanço da direita fascista”, Guilherme Boulos, coordenador do MTST, afirmou: “Teve uma turma aqui na [avenida] Paulista dizendo que o povo devia ser reprimido por uma intervenção militar. Era só uma meia dúzia, uma playboyzada dos Jardins, que, porque o titio Aécio [Neves] perdeu a eleição ficou bravinha”. O militante lembrou da manifestação de apoio ao candidato do PSDB à presidência da República, que pediu a volta do regime autoritário que governou o país entre 1964 e 1985. Boulos se comprometeu, durante o ato, em cobrar a presidenta reeleita, Dilma Rousseff (PT), sobre suas promessas. “Ela foi eleita para promover mudanças e reformas que precisamos”, disse. [caption id="attachment_54981" align="alignright" width="300"]Manifestantes improvisam um baile de forró nos Jardins Manifestantes improvisam um baile de forró nos Jardins[/caption] Luciana Genro (PSOL) também esteve no ato e pediu que a população seja priorizada: “Enfrentaremos a direita reacionária, assim como o governo, para que não ceda aos interesses dos banqueiros.” Durante o protesto, quando passavam pela Alameda Jaú, nos Jardins, os manifestantes organizaram um baile de forró, com vários ativistas se unindo em casais, para lembrar o preconceito sofrido por nordestinos durante as eleições deste ano. Fotos: Vinicius Gomes