Embaixada do Brasil em Paris amanhece com absorventes pendurados na fachada; veja vídeo

Os coletivos que realizaram o ato afirmam que o veto de Bolsonaro à distribuição de absorventes "ataca a dignidade da população feminina mais vulnerável"

Feministas fazem ato na porta da embaixa do Brasil em Paris/ Foto: reprodução redes sociais
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Os coletivos que realizaram o ato afirmam que o veto de Bolsonaro à distribuição de absorventes "ataca a dignidade da população feminina mais vulnerável"

Grupos ativistas fizeram uma intervenção na manhã deste domingo (10) na fachada da embaixada brasileira em Paris contra o veto do presidente Bolsonaro à distribuição gratuita de absorventes para estudantes de baixa renda.

Nas grades do imóvel foram amarrados centenas de absorventes higiênicos acompanhados de frases como "As mulheres vão te derrubar", "Fora Bolsonaro", "Genocida", "600 mil mortos" e "Mais Saúde".

Segundo os coletivos Alerta França Brasil/MD18 e Ubuntu Audiovisual o veto de Bolsonaro à distribuição de absorventes foi "tentativa de atacar a dignidade da população feminina mais vulnerável".

Bolsonaro cede a pressão e diz que vai “viabilizar” distribuição de absorventes

O presidente Jair Bolsonaro recuou novamente. Após gerar indignação geral ao vetar trecho de projeto de lei que prevê distribuição gratuita de absorventes a pessoas de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade, o governo anunciou que vai “trabalhar para viabilizar a medida”.

“Apesar dos vetos, o Governo Federal irá trabalhar para viabilizar a aplicação dessa medida, respeitando as leis que envolvem o tema, para atender de forma adequada as necessidades dessa população”, informou a Secretaria de Comunicação da presidência (Secom) na noite desta sexta-feira (9).

Bolsonaro e a Secom argumentaram que a distribuição gratuita de absorventes foi vetada pois, supostamente, não indicaria “fonte apropriada para a criação de nova despesa”.

O texto do projeto, de autoria da deputada Marília Arraes (PT-PE), no entanto, diz que o dinheiro viria dos recursos destinados pela União ao Sistema Único de Saúde (SUS) – e, no caso das presidiárias, do Fundo Penitenciário Nacional.