Estado Islâmico reivindica ataques em Paris e diz que França segue como "principal alvo"

EI culpa o país por 'insultar o profeta, lutar contra o islã e atacar muçulmanos no Califado com seus aviões', em referência a ataques aéreos na Síria

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EI culpa o país por 'insultar o profeta, lutar contra o islã e atacar muçulmanos no Califado com seus aviões', em referência a ataques aéreos na Síria

Do Opera Mundi

O grupo extremista Estado Islâmico divulgou neste sábado (14) um comunicado, com versões em árabe e francês, em que reivindica a responsabilidade pelos ataques da noite desta sexta-feira em Paris.

No texto, o EI classifica Paris como "capital da abominação e perversão" e afirma que oito militantes realizaram os ataques armados com metralhadoras e cintos com explosivos. Os locais dos ataques teriam sido escolhidos "antecipadamente e especificamente": o Stade de France pela presença do presidente François Hollande e a casa de shows Bataclan porque eram onde "centenas de idólatras se reuniam em uma festa de perversidade", além dos restaurantes da região. "A França e aqueles que seguem seu caminho devem saber que continuam sendo os principais alvos do Estado Islâmico".

O grupo culpa o país por "insultar o profeta, se gabar de lutar contra o islã na França e atacar muçulmanos no Califado com seus aviões", em referência à participação nos bombardeios aéreos em territórios controlados pelo EI na Síria e no Iraque. "Este ataque é só o início de uma tempestade e um alerta para aqueles que desejem retirar lições dele."

A autenticidade do comunicado ainda não foi confirmada, mas especialistas acreditam que a reivindicação é genuína. "[O comunicado] foi escrito no estilo de pronunciamentos do EI e de outros grupos extremistas e demonstra uma visão de mundo que se tornou tristemente familiar nos últimos anos", afirma Jason Burke, especialista em terrorismo do jornal britânico The Guardian.

(Imagem: Reprodução/BBC)