Estudantes da USP mantêm greve, mas retomam negociações com a reitoria

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Movimento estabelece pauta de 42 itens para iniciar desocupação pacífica

Estudantes que ocupam a reitoria da USP a 42 dias elaboram carta de reivindicações. Os pontos apresentados são essenciais para a desocupação, afirmam os estudantes. A reitoria está ocupada há 42 dias. Em assembléia realizada na noite desta terça, 12, os estudantes da Universidade de São Paulo (USP) decidiram manter a ocupação e retomar as negociações com a reitoria. A contra proposta pede a não punição de estudantes e funcionários envolvidos nas atividades políticas de greve e da ocupação, manutenção dos 17 pontos da última contra-proposta apresentada a reitoria, audiência pública para discutir o programa de inclusão social da USP (INCLUSP) e a construção do V Congresso Geral da USP. A reunião entre a comissão dos estudantes e a reitoria ainda não tem data definida. A próxima assembléia dos estudantes acontecerá após reunião de negociação junto a reitoria. Direito de resposta Durante a assembléia, os estudantes, aprovaram o pedido de direito de resposta ao jornal "O Estado de S. Paulo" sobre reportagem publicada no domingo, 10, que, segundo os estudantes, acusou injustamente o grupo de ser comandado por partidos políticos, movimentos sociais e Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp). A reunião para elaborar o direito de resposta está previsto para hoje, 13, às 18h. Resposta ao Serra Os estudantes apresentaram um vídeo-resposta ao governador de São Paulo, José Serra (PSDB), quanto as declarações do dia 4 de junho. Serra estava em evento promovido pela União da indústria de cana de açúcar quando se referiu a ocupação da reitoria da USP dizendo que “o fato é que ninguém agüenta mais... Está muito claro que é uma minoria concentrada, procurando armar alguma encrenca. É o único propósito que existe” O vídeo traz imagens do cotidiano de bóias frias sob a música “Funeral de um Lavrador” de Chico Buarque de Holanda tirado do poema Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto. Durante o vídeo uma série de frases de jornalistas e pesquisadores sobre a condição de escravidão que vivem os trabalhadores do corte de cana, são inseridas. O vídeo se encerra com a frase “Pois é Serra, isso é o que ninguém agüenta mais... Está muito claro que é uma minoria concentrada, procurando poder (dinheiro). Esse é o único propósito que existe” O vídeo esta disponível no YouTube! e no blog da ocupação: http://ocupacaousp.noblogs.org